UE lança disputa contra tarifas dos EUA ao definir 95 bilhões de euros em contramedidas
Publicado 08/05/2025 • 11:54 | Atualizado há 1 uma semana
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Publicado 08/05/2025 • 11:54 | Atualizado há 1 uma semana
KEY POINTS
Os Estados Unidos e a União Europeia precisam "desescalar" e "negociar um acordo" para ajudar a impulsionar o crescimento fraco no continente.
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O braço executivo da União Europeia anunciou nesta quinta-feira (08) que iniciaria uma disputa com a Organização Mundial do Comércio sobre a política tarifária “recíproca” dos EUA e os impostos sobre carros e peças automotivas.
A Comissão Europeia informou ainda que lançou uma consulta pública sobre contramedidas visando importações americanas no valor de 95 bilhões de euros (US$ 107,4 bilhões), a serem implementadas caso um acordo comercial não seja alcançado com Washington.
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A lista inclui centenas de itens agrícolas e industriais, além de bourbon, tequila e outras bebidas destiladas — um ponto sensível entre os parceiros comerciais, com o presidente americano Donald Trump ameaçando, em março, impor uma tarifa de 200% às importações de álcool da UE. Nenhuma tarifa retaliatória específica foi anunciada.
A UE está atualmente buscando negociar um acordo para evitar as tarifas recíprocas de 20% de Trump sobre todas as importações americanas do bloco. Trump também aplicou uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados, afetando muitas montadoras europeias, juntamente com uma taxa de 25% sobre aço e alumínio.
Diversos componentes de aeronaves e veículos também estão incluídos na lista da UE divulgada nesta quinta-feira (08), o que impactaria empresas americanas, como a fabricante de aviões, Boeing.
“É a visão inequívoca da UE de que essas tarifas [dos EUA] violam flagrantemente as regras fundamentais da OMC”, afirmou a Comissão Europeia em um comunicado.
“O objetivo da UE é, portanto, reafirmar que as regras acordadas internacionalmente são importantes e não podem ser desconsideradas unilateralmente por nenhum membro da OMC, incluindo os EUA.”
A disputa se dará por meio da apresentação formal de um pedido de consultas.
Em uma declaração nesta quinta-feira (08), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou: “A UE continua totalmente comprometida em encontrar soluções negociadas com os EUA. Acreditamos que há bons acordos a serem feitos em benefício de consumidores e empresas de ambos os lados do Atlântico.”
A UE suspendeu um conjunto inicial de medidas retaliatórias acordadas pelos Estados-membros em abril — uma resposta às tarifas sobre metais — para permitir as negociações. As contramedidas, se implementadas, terão como alvo cerca de 21 bilhões de euros (US$ 24,1 bilhões) em produtos americanos, desde produtos agrícolas até vestuário, principalmente com uma tarifa de 25%.
John Plueger, diretor-executivo da Air Lease Corp, disse em uma teleconferência com analistas em 6 de maio: “Qualquer medida que ameace seriamente as entregas de aeronaves Boeing para a Europa, por exemplo, além da China, seria um sério desafio, mesmo que essa seja responsabilidade da companhia aérea.”
A empresa compra aeronaves Boeing e as aluga para companhias aéreas em todo o mundo.
“Se as tarifas permanecerem em vigor por um longo prazo, isso poderá servir como um incentivo para que os fabricantes aeroespaciais dos EUA busquem fora dos EUA a abertura de linhas de produção adicionais para entrega de produtos fora do país”, acrescentou Plueger.
O Reino Unido deve se tornar o primeiro país a firmar um acordo comercial com os EUA em meio à atual turbulência tarifária, com um anúncio agendado para as 10h (horário do leste) de quinta-feira (08).
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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