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Em ‘carta aberta’, Trump exige sanções da OTAN a petróleo russo; saiba se a medida pode ter impacto no Brasil
Publicado 13/09/2025 • 09:28 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 13/09/2025 • 09:28 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou, neste sábado (13), em sua rede Truth Social, uma carta aberta dirigida às nações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e “ao mundo”. No texto, ele afirma estar pronto para adotar sanções mais duras contra a Rússia, mas apenas se todos os países da aliança concordarem e pararem de comprar petróleo russo.
As pressões de Trump renovam uma ameaça reciclada nos últimos meses. O presidente já havia mencionado a possibilidade de “tarifas secundárias” — sanções aplicadas a países que mantêm relações comerciais com Moscou. O Brasil, que está entre os principais parceiros comerciais da Rússia no setor energético, poderia ser afetado se isso se concretizasse.
Trump criticou a postura da OTAN, dizendo que o comprometimento do bloco com a vitória na guerra da Ucrânia está “muito inferior a 100%”. Segundo ele, a continuidade das importações de petróleo por alguns membros “enfraquece a posição de negociação” diante de Moscou.
O republicano também defendeu que a OTAN imponha tarifas de 50% a 100% sobre produtos chineses, que seriam retiradas após o fim do conflito. Para ele, a medida poderia reduzir a influência da China sobre a Rússia e acelerar o desfecho da guerra.
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Na mensagem, Trump afirmou que o conflito “jamais teria começado” se estivesse na presidência e responsabilizou o presidente Joe Biden e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela guerra. Ele disse ainda que seu objetivo é “ajudar a acabar com o confronto” e “salvar milhares de vidas”, mencionando mais de 7 mil mortes apenas na última semana.
“Se a OTAN fizer o que digo, a guerra terminará rapidamente e todas essas vidas serão salvas. Caso contrário, estarão apenas desperdiçando meu tempo, e o tempo, energia e dinheiro dos Estados Unidos”, escreveu.
A declaração de Trump ocorre em meio a outro episódio de tensão: nesta sexta-feira (12), durante sessão do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos prometeram defender “cada centímetro do território da OTAN” após a entrada de drones russos no espaço aéreo da Polônia. A embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, afirmou que Washington oferecerá apoio total aos membros da aliança diante das violações.
A Polônia confirmou que os drones foram abatidos com auxílio de aeronaves aliadas da OTAN — marcando a primeira vez que um membro da aliança usa força militar direta em resposta a incursões no conflito Rússia-Ucrânia. O país divulgou fotos de destroços com inscrições em russo e rejeitou a noção de que a entrada tenha sido acidental.
As ameaças de Trump sobre sanções não são novas. Em julho, ele já havia afirmado que colocaria uma tarifa de 100% sobre todos os produtos russos exportados aos EUA caso não houvesse progresso diplomático na guerra. À época, voltou a mencionar a possibilidade de “tarifas secundárias” para países com relações comerciais a Rússia.
Caso a tarifação se estenda para outros países que compram produtos russos, a medida pode afetar o Brasil, que está entre os principais parceiros comerciais da Rússia no setor energético. Segundo o Centre for Research on Energy and Clean Air (CREA), o país foi o segundo maior importador de diesel russo em 2024, com gastos estimados em R$ 38 bilhões. O dado reforça a pressão diplomática sobre nações que, na avaliação dos EUA, ajudam a sustentar a máquina de guerra russa.
O impacto potencial sobre combustíveis e fertilizantes coloca o Brasil em posição delicada: além de encarecer importações estratégicas para a agricultura e a indústria, pode abrir espaço para uma revisão da política externa brasileira, que tem buscado equilibrar relações com Washington, Moscou e Pequim.
Os dois movimentos — o de Trump pressionando a OTAN a cortar laços econômicos com a Rússia, e o de Washington reafirmando sua disposição de proteger aliados contra agressões — se entrelaçam em um momento crítico. O presidente critica não apenas a Rússia, mas também países que, segundo ele, continuam a negociar com Moscou, fortalecendo sua capacidade de sustentar o conflito.
Esse discurso vem logo após o encontro de Trump com Vladimir Putin no Alasca, em uma tentativa de abrir caminho para negociações de paz. Shea destacou que os bombardeios russos à Ucrânia se intensificaram logo após essa reunião, o que reforça, para os EUA, a urgência de uma resposta diplomática e militar clara.
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