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Trump quer reter navio de petróleo; histórico dos EUA aponta leilão

Publicado 11/12/2025 • 16:52 | Atualizado há 24 minutos

KEY POINTS

  • O presidente Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos poderiam ficar com o petróleo do navio venezuelano apreendido, mas, normalmente, bens confiscados são vendidos.
  • Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, disse à CNBC que os EUA já apreenderam e venderam petróleo iraniano na Costa do Golfo diversas vezes nos últimos anos.
  • O Serviço de Delegados Federais (U.S. Marshals Service) também opera um programa de confisco de bens que inclui a gestão e venda de ativos apreendidos pelo DOJ. Contudo, segundo um porta-voz da agência, o serviço não está envolvido no caso venezuelano.

Andrew Caballero-Reynolds / AFP (4/12/2025)

Trump quer reter navio de petróleo; histórico dos EUA aponta leilão

O presidente Donald Trump sugeriu que os Estados Unidos poderiam ficar com o petróleo do navio venezuelano apreendido, mas, normalmente, bens confiscados são vendidos. Especialistas afirmam que o governo dos EUA costuma vender mercadorias apreendidas e ficar com os recursos obtidos, como ocorreu recentemente com bens iranianos.

A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o navio, chamado Skipper, estava sob sanções havia anos. Em uma imagem retirada de vídeo, forças norte-americanas descem por cordas até um petroleiro durante a operação de apreensão descrita por Bondi, realizada em 10 de dezembro de 2025, na costa da Venezuela.

Após o Exército dos EUA apreender um grande petroleiro venezuelano, Trump sugeriu que o conteúdo da embarcação poderia permanecer sob posse norte-americana. “Bem, nós ficamos com ele, eu acho”, disse o presidente a repórteres durante uma mesa-redonda na Casa Branca, horas depois da apreensão do Skipper, de bandeira da Guiana.

Mas apreensões semelhantes no passado resultaram na venda dos bens confiscados. A dúvida agora é para onde irá o petróleo do navio venezuelano e como os recursos serão distribuídos.

Matt Smith, analista-chefe dos EUA na consultoria energética Kpler, disse à CNBC que o Skipper foi carregado de forma clandestina com 1,1 milhão de barris de petróleo em meados de novembro e parecia estar a caminho de Cuba.

“Em casos anteriores, principalmente envolvendo o Irã, o petróleo é vendido e o governo dos EUA fica com o valor arrecadado. Há um processo civil de confisco de bens”, explicou Bob McNally, fundador da Rapidan Energy Group e ex-assessor de energia da Casa Branca no governo George W. Bush. “Esperamos que isso se repita neste caso”, afirmou.

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Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, disse à CNBC que os EUA já apreenderam e venderam petróleo iraniano na Costa do Golfo diversas vezes nos últimos anos.

“Existe um processo, no fim, os EUA precisam indenizar todos os envolvidos na transação, incluindo o comprador do petróleo, os navios necessários para a operação de lightering e quaisquer prestadores de serviço participantes”, disse Lipow. Lightering é o processo de transferir carga, petróleo ou materiais perigosos de um navio para outro. “Eles já fizeram isso antes e farão novamente”, completou.

Porta-vozes da Guarda Costeira e do Pentágono encaminharam perguntas à Casa Branca quando questionados sobre o destino do petroleiro e do petróleo. A Casa Branca, o Departamento de Justiça e o Departamento de Segurança Interna não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

Em 2024, os EUA apreenderam e venderam petróleo iraniano, gerando US$ 47 milhões em receitas, parte das quais pode ser destinada ao Fundo para Vítimas do Terrorismo Patrocinado por Estados, segundo o Departamento de Justiça do Distrito de Columbia.

O Serviço de Delegados Federais (U.S. Marshals Service) também opera um programa de confisco de bens que inclui a gestão e venda de ativos apreendidos pelo DOJ. Contudo, segundo um porta-voz da agência, o serviço não está envolvido no caso venezuelano.

Em uma publicação no X, na quarta-feira, a procuradora-geral Pam Bondi afirmou que o navio estava sob sanções há vários anos por seu “envolvimento em uma rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”.

“Nosso trabalho de investigação, junto ao Departamento de Segurança Interna, para impedir o transporte de petróleo sancionado continua”, escreveu Bondi.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, defendeu a apreensão durante uma audiência na Câmara na quinta-feira.

“Foi uma operação bem-sucedida, ordenada pelo presidente, para garantir que estamos combatendo um regime que sistematicamente cobre e inunda nosso país com drogas mortais, matando a próxima geração de americanos”, declarou Noem ao Comitê de Segurança Interna.

Ela destacou os esforços da Guarda Costeira para combater traficantes de drogas e “os indivíduos que financiam essas operações com uma frota paralela de petróleo sancionado, que jamais deveria ser vendido para enriquecer seus lucros e matar americanos”.

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