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União Europeia vai apresentar plano para cortar últimos suprimentos de gás russo
Publicado 06/05/2025 • 10:29 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 06/05/2025 • 10:29 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Bandeiras da União Europeia
KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP
A União Europeia deve apresentar nesta terça-feira (6) um aguardado plano para eliminar suas últimas ligações de gás com Moscou, um desafio considerável, dada a dependência histórica da Europa dos combustíveis fósseis russos.
O chefe de Energia da UE, Dan Jorgensen, vai expor as medidas, que foram adiadas enquanto Bruxelas aguardava para ver se as negociações entre Rússia e Estados Unidos resultariam em um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia.
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Em resposta ao ataque de Moscou ao seu vizinho, a União Europeia implementou uma proibição do petróleo russo no final de 2022 e, desde então, tem procurado reduzir sua dependência do gás russo.
Embora as importações por oleodutos caiam drasticamente, vários países europeus aumentaram suas compras de gás natural liquefeito (GNL) russo, transportado por via marítima, e o bloco agora deseja desligar totalmente essa fonte.
Isso abriria caminho para a Europa comprar mais GNL dos Estados Unidos — algo que tanto Bruxelas quanto Donald Trump sugeriram como uma forma de resolver o impasse gerado após o presidente dos EUA impor tarifas sobre as exportações europeias.
O chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, disse ao Financial Times que a disputa poderia ser resolvida “muito rapidamente” por meio de compras de GNL e soja — como uma maneira de reduzir o superávit comercial do bloco de 27 países com seu parceiro dos EUA.
Os Estados Unidos já são o maior fornecedor de GNL do bloco, respondendo por 45,3% do mercado, enquanto a Rússia fornece 17,5%, de acordo com dados da UE, e até 19%, segundo o Institute for Energy Economics and Financial Analysis (IEEFA).
Para se livrar da energia russa, “o princípio orientador é a diversificação”, afirmou a porta-voz chefe da Comissão Europeia, Paula Pinho, na semana passada.
No entanto, eliminar a energia russa é mais fácil de dizer do que fazer, reconhecem os oficiais da UE, pois alguns estados-membros são mais dependentes do GNL russo do que outros, enquanto outros, como a Hungria, mantêm laços amigáveis com o Kremlin.
A França, por exemplo, enfrentaria um impacto mais pesado de qualquer movimento para afastar-se do GNL russo, já que possui cinco terminais para sua entrega na Europa.
A França aumentou suas importações de GNL russo em 81% entre 2023 e 2024, gerando 2,68 bilhões de euros (cerca de 3 bilhões de dólares) em receitas para a Rússia, segundo o Institute for Energy Economics and Financial Analysis.
Uma questão crucial é se o roteiro da UE irá propor uma proibição total do GNL russo a longo prazo.
“A opção pode ser muito difícil de ser seguida, dado o requisito de unanimidade”, o que significa que todos os 27 estados-membros devem apoiar tal proibição, disse Simone Tagliapietra, do think tank Bruegel.
“Considerando essa restrição, aplicar uma tarifa sobre todas as importações de gás russo (tanto por oleodutos quanto GNL) pode ser a opção mais viável para a UE”, afirmou, já que isso não exigiria unanimidade.
Porém, Yvan Verougstraete, um legislador centrista que acompanha a área de energia no parlamento da UE, espera que a comissão proponha a eliminação total do gás russo até 2027.
A comissão destacou seus esforços para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis russos desde a invasão da Ucrânia, em 2022.
Em alguns anos, “passamos de 45% de nossas importações de gás vindas da Rússia para 18%. Passamos de um em cada cinco barris de petróleo para um em cada cinquenta, uma redução dez vezes maior”, disse a chefe da UE, Ursula von der Leyen, no mês passado.
Mas, ela admitiu, “todos sabemos que ainda há muito a ser feito”.
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