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Em pleno crescimento, cinema brasileiro ganha reforço para garantir exibição de filmes
Publicado 24/12/2025 • 13:30 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 24/12/2025 • 13:30 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Com 10,1% da bilheteria total no País em 2024, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), o cinema brasileiro acaba de ganhar um reforço importante para ampliar seu espaço nas salas do Brasil. Foi publicado nesta quarta-feira (24) um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que obriga a exibição de obras cinematográficas brasileiras.
Segundo o texto, empresas proprietárias, locatárias ou arrendatárias de salas, espaços ou complexos de exibição pública comercial ficam obrigadas a exibir, a partir de 2026, obras cinematográficas brasileiras de longa-metragem em sua programação. O decreto estabelece ainda um porcentual mínimo de sessões e critérios de diversidade de títulos, que deverão ser observados pelos exibidores.
A medida vai ao encontro do novo ânimo dos produtores do cinema nacional, sobretudo porque, em 2023, as produções brasileiras responderam por apenas 3% da bilheteria total, percentual que saltou para 10,1% em 2024. A expectativa do setor é que 2025 também feche com resultados positivos.
O público também reagiu. 12,6 milhões de pessoas assistiram a filmes brasileiros em 2024, segundo a Ancine, contra 3,7 milhões no ano anterior. No mesmo período, foram 197 lançamentos, consolidando a recuperação de um setor que, há poucos anos, ainda sentia fortemente os efeitos da pandemia.
Leia também: Cinema brasileiro avança com três filmes na seleção do Oscar 2026
Caberá à Agência Nacional do Cinema (Ancine) regular as atividades de fomento e proteção à indústria audiovisual brasileira. A agência também poderá definir o tratamento dado a obras brasileiras premiadas em festivais de reconhecida relevância e a permanência dos títulos nacionais nas sessões de maior procura de cada complexo, conforme os resultados de bilheteria.
O objetivo, segundo o decreto, é promover a competição equilibrada, a autossustentabilidade da indústria cinematográfica e o aumento da produção, distribuição e exibição de obras brasileiras.
A boa fase ganhou um impulso adicional com o anúncio da Petrobras, que prevê investimentos de R$ 100 milhões até 2027 para fomentar o audiovisual brasileiro. Os recursos devem apoiar a produção e distribuição de filmes e séries, a manutenção de salas de cinema e o patrocínio a festivais em diferentes regiões do País.
Segundo Milton Bittencourt, gerente de patrocínios culturais da Petrobras, a iniciativa busca ampliar o alcance do cinema nacional. “Nosso compromisso é fortalecer o cinema brasileiro, garantindo que ele continue a contar as histórias do país, dialogando com o presente e projetando o futuro”, afirmou.
A iniciativa ocorre em um momento de retomada de protagonismo do cinema nacional, tanto nas telas quanto nas premiações internacionais. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, fez história ao conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional, o primeiro da cinematografia brasileira, e garantiu a Fernanda Torres o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama.
Já O Último Azul, de Gabriel Mascaro, venceu o Grand Prix em Berlim, enquanto O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, conquistou dois prêmios em Cannes — Melhor Direção e Melhor Ator, para Wagner Moura, em decisão inédita do júri presidido por Juliette Binoche.
Nas últimas três décadas, a Petrobras já apoiou mais de 600 produções nacionais, entre elas Cidade de Deus, Carandiru, Bacurau e O Agente Secreto. O histórico reforça a percepção de que o investimento cultural é parte essencial da engrenagem do setor.
O ator Rodrigo Santoro sintetiza essa visão: “Há muito preconceito em relação à Lei Rouanet e ao patrocínio cultural. Criou-se um estigma, mas é preciso compreender a importância desse fomento. Sem esse apoio, muitos dos filmes que hoje celebramos jamais teriam existido”.
Os resultados também se refletem na frequência às salas. Dados preliminares da Ancine indicam que, até agosto de 2025, um em cada dez brasileiros que foi ao cinema escolheu um filme nacional. A participação do público subiu de 1,4% em 2023 para 11,2%, enquanto o número de sessões com obras brasileiras avançou de 4% para 14,1% no mesmo período.
Segundo a agência, parte desse avanço está associada à cota de tela, política que obriga exibidores a incluir títulos nacionais na programação — e cuja renovação para 2026 segue em debate.
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