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Os líderes da China, incluindo o presidente Xi Jinping, anunciaram um plano para adotar uma política monetária mais “relaxada” em 2025. A iniciativa visa a enfrentar os desafios econômicos, tais como o baixo consumo interno, a crise no setor imobiliário e a crescente dívida do governo, que ameaçam a meta de crescimento do país.
Com a perspectiva de um segundo mandato de Donald Trump na presidência dos EUA e suas promessas de retomar políticas comerciais rigorosas, os líderes chineses estão apreensivos quanto a um novo impasse entre as superpotências.
Nesta segunda-feira (9), o Politburo, órgão máximo de decisão da China, realizou uma reunião para avaliar o trabalho econômico para 2025, conforme informou a agência estatal Xinhua.
“Devemos impulsionar vigorosamente o consumo, melhorar a eficiência dos investimentos e expandir a demanda interna”, afirmaram os funcionários, de acordo com a Xinhua.
“No próximo ano, devemos implementar uma política fiscal mais ativa e uma política monetária apropriadamente relaxada”, acrescentaram.
Analistas da SG Markets destacaram que essa mudança é a primeira desde 2011. “O comunicado da reunião do Politburo está acertando todas as notas certas, com algumas frases notavelmente mais dovish e alguns compromissos incomumente diretos”, escreveram em uma nota.
Zhang Zhiwei, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management, afirmou que o anúncio de esforços para aumentar significativamente o consumo no próximo ano é “outro sinal positivo”.
Desde setembro, Pequim apresentou uma série de medidas para estimular o crescimento, incluindo a redução das taxas de juros, o cancelamento de restrições à compra de imóveis e a redução do fardo da dívida dos governos locais. Em outubro, o banco central cortou duas taxas de juros principais para mínimos históricos.
No entanto, economistas alertaram que é necessário mais estímulo fiscal direto para fortalecer o consumo doméstico, especialmente com o temor de uma nova guerra comercial com os EUA.
Dados oficiais mostraram que o crescimento dos preços ao consumidor desacelerou no mês passado, com o índice de preços ao consumidor em 0,2%, abaixo da previsão de 0,4% da Bloomberg.
Ting Lu, economista-chefe da China no Nomura, disse que, apesar das expectativas do mercado, “esperamos pouco da conferência”, dada a crise imobiliária, a crise fiscal e as tensões com os EUA.
“Pode ser necessário muito mais do que o recente pacote de estímulo para realmente reiniciar a economia”, afirmou.
Os líderes de Pequim também anunciaram a intensificação da campanha anticorrupção, prometendo uma postura de “alta pressão” na punição da corrupção.
Desde que Xi assumiu o poder, uma campanha abrangente contra a corrupção oficial foi implementada, com críticos afirmando que também serve para eliminar rivais políticos.
Recentemente, os esforços focaram nas forças armadas, com a remoção de oficiais de alto escalão, incluindo Miao Hua. As autoridades se comprometeram a “fortalecer o mecanismo de investigação e solução de práticas inadequadas e corrupção”.
Eles também pediram que a China “aprofundasse esforços integrados para corrigir práticas inadequadas e combater a corrupção”, conforme relatado pela mídia estatal.
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