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FMI eleva previsão de crescimento para 2025 após alívio ‘frágil’ nas tensões comerciais
Publicado 29/07/2025 • 21:31 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 29/07/2025 • 21:31 | Atualizado há 1 dia
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Sede FMI, em Washington.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou sua projeção de crescimento global nesta terça-feira (29), diante de um salto maior do que o esperado no comércio internacional, provocado por estratégias para driblar as tarifas amplas impostas por Donald Trump. Ao mesmo tempo, o presidente dos Estados Unidos recuou em algumas de suas ameaças mais duras.
Apesar disso, o FMI ainda prevê uma desaceleração do crescimento este ano. Mesmo assim, elevou a projeção para 2025 para 3,0%, acima dos 2,8% divulgados em abril, segundo a atualização do relatório Perspectiva Econômica Mundial.
Em 2024, o crescimento global foi de 3,3%. Olhando para frente, o FMI espera que a economia mundial cresça 3,1% em 2026, uma melhora em relação aos 3,0% previstos anteriormente.
Apesar dessas revisões para cima, “há motivos para muita cautela”, alertou o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em entrevista à AFP. “As empresas estão antecipando pedidos, movimentando mercadorias antes que as tarifas entrem em vigor, e isso está impulsionando a atividade econômica”, explicou.
“Mas vai chegar a conta. Se você abastece o estoque agora, não precisa repor tão cedo, seja no fim deste ano ou no começo do próximo”, acrescentou. Isso indica uma possível redução no ritmo do comércio internacional na segunda metade do ano e também ao longo de 2026.
“A economia global segue estável, mas a composição da atividade mostra distorções causadas pelas tarifas, e não uma força estrutural de fundo”, afirma o relatório do FMI. No momento, “uma queda modesta nas tensões comerciais, mesmo que frágil, tem ajudado na resiliência da economia global”, afirmou Gourinchas a jornalistas nesta terça-feira (29).
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Neste ano, Trump aplicou uma tarifa de 10% sobre quase todos os parceiros comerciais, além de sobretaxas mais altas para automóveis, aço e alumínio. Ele adiou a entrada em vigor de tarifas mais altas para dezenas de países até 1º de agosto, um atraso considerável em relação a abril, quando as medidas foram anunciadas.
Washington e Pequim acertaram ainda uma redução temporária, por 90 dias, de tarifas que ultrapassavam 100% sobre produtos de ambos os lados. Essa trégua termina em 12 de agosto, mas as negociações para uma possível extensão continuam.
Segundo o FMI, as ações de Trump elevaram a tarifa média efetiva dos EUA para 17,3%, bem acima dos 3,5% registrados no restante do mundo. Gourinchas alertou que, caso os acordos desandem ou as tarifas voltem a subir, a produção global pode cair 0,3% no próximo ano.
O crescimento previsto para os EUA em 2025 subiu 0,1 ponto percentual, chegando a 1,9%, pois espera-se que as tarifas fiquem menores do que o anunciado em abril. O país também deve sentir um impulso de curto prazo com o pacote de impostos e gastos, carro-chefe do governo Trump.
Na zona do euro, a projeção subiu 0,2 ponto percentual, para 1,0%. O resultado se deve, em parte, ao aumento das exportações farmacêuticas da Irlanda para os Estados Unidos, numa tentativa de evitar novas tarifas.
Entre as principais economias europeias, a Alemanha ainda deve escapar da recessão, enquanto as previsões para França e Espanha seguem estáveis, em 0,6% e 2,5%, respectivamente. O FMI projeta que a inflação global continue perdendo força, com a taxa geral caindo para 4,2% este ano. Mesmo assim, o órgão alerta que a alta de preços nos EUA deve seguir acima da meta.
De acordo com o FMI, “as tarifas, ao funcionarem como um choque de oferta, devem ser repassadas aos preços ao consumidor americano aos poucos, pressionando a inflação na segunda metade de 2025”.
Fora dos EUA, as tarifas de Trump “agem como um choque negativo de demanda, reduzindo as pressões inflacionárias”, acrescenta o relatório.
O crescimento da China, segunda maior economia do mundo, foi revisado para cima em 0,8 ponto percentual, atingindo 4,8%. Segundo o FMI, isso reflete uma atividade econômica mais forte do que o esperado no primeiro semestre de 2025, além da “redução significativa nas tarifas entre EUA e China”.
Mesmo assim, Gourinchas alertou que o país ainda enfrenta ventos contrários, com uma demanda interna considerada “bem fraca”. “O consumidor ainda está pouco confiante, o setor imobiliário continua sendo um grande problema na economia chinesa e não foi totalmente resolvido”, disse ele. “Isso deve frear o ritmo de recuperação daqui para frente.”
O FMI também revisou para baixo o crescimento da Rússia em 0,6 ponto percentual, para 0,9%. Segundo Gourinchas, a queda reflete tanto políticas internas quanto o preço do petróleo, que deve continuar relativamente baixo em comparação com os níveis de 2024.
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