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Tarifas do Trump

Trump pressiona farmacêuticas por corte de preços e impõe prazo até setembro

Publicado 01/08/2025 • 13:25 | Atualizado há 19 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Trump envia carta a 17 farmacêuticas e ameaça medidas caso não reduzam preços de medicamentos nos EUA
  • Fabricantes devem oferecer os mesmos preços aplicados a países desenvolvidos e eliminar intermediários
  • Mercado reage mal à pressão de Trump: ações de empresas de saúde caem após anúncio do ultimato

O governo do presidente Donald Trump intensificou sua ofensiva contra a indústria farmacêutica nesta sexta-feira, 1º, ao exigir “compromissos vinculativos” para reduzir os preços dos medicamentos nos Estados Unidos.

Segundo a Casa Branca, cartas foram enviadas a 17 grandes empresas com prazo até 29 de setembro para que se comprometam a adequar os valores aos níveis de países mais favorecidos (“most favored nation”, ou MFN).

Se não houver resposta positiva, o governo disse que usará “todas as ferramentas à disposição para proteger as famílias americanas dos abusos nos preços dos remédios” — embora sem detalhar quais seriam essas medidas.

Foram notificadas empresas como AbbVie, Amgen, AstraZeneca, Boehringer Ingelheim, Bristol-Myers Squibb, Eli Lilly, Roche (via Genentech), Gilead, GSK, Johnson & Johnson, Merck, Novartis, Novo Nordisk, Pfizer, Regeneron e Sanofi.

Pressão no mercado

As ações do setor de saúde despencaram com o anúncio. A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, por exemplo, chegou a cair 5% nas negociações da manhã em Londres, antes de reduzir as perdas para 1,3% por volta das 11h15, no horário local.

A nova diretriz exige que as empresas estendam os preços MFN a todos os pacientes do Medicaid, o programa de saúde pública para pessoas de baixa renda nos EUA. Além disso, ficam proibidas de vender medicamentos a preços mais baixos em outros países desenvolvidos e deverão vender diretamente aos pacientes americanos, eliminando os intermediários conhecidos como PBMs (pharmacy benefit managers).

Empresas reagem

Trump já havia declarado que pretende reduzir os preços dos medicamentos nos EUA em até 80%. Em maio, ele assinou uma ordem executiva que vincula os preços americanos aos de outros países, prática central da política MFN.

Apesar da pressão, algumas farmacêuticas sinalizaram que concordam com parte das críticas. O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que a empresa está em diálogo com o governo e anunciou um plano de investimento de US$ 50 bilhões nos EUA. “Há problemas em torno dos preços. Pessoalmente, acho que o presidente está certo ao pedir uma equiparação de valores”, declarou em teleconferência de resultados.

Já Vas Narasimhan, presidente da Novartis, afirmou recentemente que a companhia já segue uma política de MFN. A Novo Nordisk, por sua vez, declarou estar “focada em melhorar o acesso e a acessibilidade dos medicamentos”, que continuará a buscar soluções para facilitar o tratamento dos pacientes.

Impacto ainda incerto

Para o mercado, ainda é cedo para medir os efeitos. Em relatório enviado a clientes, analistas do JPMorgan liderados por Seiji Wakao disseram que o tom do anúncio serve como um aviso, mas que há espaço para negociação. “Embora pareça uma medida dura, acreditamos que o tema esteja sendo discutido com o governo. Não esperamos mudanças com impacto significativo no curto prazo”, diz a nota.

O sistema de preços de medicamentos nos EUA é um dos mais caros do mundo, reflexo da fragmentação do modelo de reembolso e da ausência de controle nacional de preços.

Além da pressão para reduzir custos, o setor ainda aguarda definição sobre possíveis tarifas amplas sobre a indústria farmacêutica, que Trump ameaçou aplicar, podendo chegar a 200%.

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