O volume aplicado por investidores pessoas físicas no Brasil atingiu R$ 7,9 trilhões no fim de junho, alta de 6,8% em relação a dezembro de 2024, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11) pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O levantamento considera aplicações de clientes do varejo tradicional, varejo alta renda e private — segmento formado por investidores com mais de R$ 5 milhões aplicados.
O destaque do semestre foi o varejo alta renda, que avançou 10,7% e chegou a R$ 2,86 trilhões, representando 36% do total investido.
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Enquanto isso, o varejo tradicional cresceu 4,1%, totalizando R$ 2,66 trilhões (33,5% do total), e o private encerrou o período com R$ 2,42 trilhões, alta de 5,4% e participação de 30,5% nas aplicações.
A renda fixa manteve a liderança, respondendo por 58,9% de todos os investimentos, impulsionada pela Selic em dois dígitos. O segmento cresceu 8,2% no semestre, alcançando R$ 4,68 trilhões. Produtos isentos de Imposto de Renda, como CRAs, CRIs, LCAs, LCIs, LIGs e debêntures incentivadas, somaram R$ 1,39 trilhão (alta de 12,2%).
Os CDBs avançaram 9,9%, para R$ 1,15 trilhão, enquanto os títulos públicos subiram 17,4%, atingindo R$ 215,8 bilhões. Entre os fundos, que cresceram 5,2% e somaram R$ 1,83 trilhão, os de renda fixa se destacaram com alta de 8,2%.
Na renda variável, houve crescimento de 4,6%, para R$ 1,04 trilhão (13,1% do total). As ações subiram 4,2%, para R$ 767,3 bilhões, e os fundos de ações avançaram 4,4%, para R$ 235,9 bilhões. Já os FIPs cresceram 9,7%, para R$ 39,5 bilhões.
Nos produtos híbridos, houve alta de 1,6%, para R$ 758,5 bilhões. Os FIIs se destacaram, com avanço de 9,7% (R$ 112,1 bilhões), enquanto os multimercados recuaram 2,5%.
Todas as regiões registraram crescimento. O Sudeste concentra 66,5% das aplicações e cresceu 7,5%, para R$ 5,28 trilhões. O Sul somou R$ 1,36 trilhão (alta de 3,5%), o Nordeste R$ 737,8 bilhões (alta de 7,9%), o Centro-Oeste R$ 420,3 bilhões (alta de 6%) e o Norte R$ 142,5 bilhões (alta de 8,5%).
Segundo Luciane Effting, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, a manutenção da Selic elevada mantém o perfil conservador dos investidores, mas reforça a importância da diversificação. “A renda fixa deve continuar atraindo investidores também na segunda metade do ano, mas manter diferentes classes de ativos no portfólio é essencial para potencializar oportunidades”, afirmou.
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