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COP30: 80% dos países signatários do Acordo de Paris não revisaram metas de redução de gases
Publicado 20/08/2025 • 10:50 | Atualizado há 3 horas
Publicado 20/08/2025 • 10:50 | Atualizado há 3 horas
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Cerca de 80% dos 197 países signatários do Acordo de Paris ainda não revisaram suas metas de redução de gases de efeito estufa, faltando pouco mais de 80 dias para a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, alertou o embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da conferência, em sua sexta carta à comunidade internacional.
A analista do Times Brasil- Licenciado Exclusivo CNBC, Mariana Almeida explica por que os paises podem estar tendo dificuldade em se comprometer em reduzir as agressões climáticas. “Para atingir a redução de emissões, há mudanças na economia dos países, envolvendo transições de matriz energética e a necessidade de deixar de lado investimentos já realizados, o que implica custos. Depois do Acordo de Paris, surgiu outro grande desafio: quem financia essa transição? As metas são nacionais, mas o investimento necessário muitas vezes depende de cooperação internacional.”, pontua.
Segundo Mariana, esse cenário evidencia que não é apenas uma questão técnica, mas também econômica: os países precisam conciliar interesses domésticos e internacionais para avançar nas metas de redução.
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“Cada país precisa se comprometer com essas metas. A partir do momento em que se define o horizonte de redução de emissões de carbono, cada país pode elaborar sua lição de casa e criar um plano de ação para atingir esses objetivos.”, diz Mariana Almeida,.
Além disso, a analista reforça que “a Europa também enfrenta dificuldades econômicas internas. Como priorizar a cooperação internacional e o financiamento coletivo em meio a problemas domésticos? Esse contexto delicado reforça a sensação de que a COP30, mesmo realizada no coração da Amazônia e com grande potencial simbólico, pode ver seus compromissos limitados. É uma pena, pois isso representa uma perda parcial do esforço coletivo que tem sido feito para construir acordos efetivos.”
A economista ressalta que a diferença e a desigualdade entre hemisférios têm se apresentado como um desafio. “oO problema é que o aquecimento global é uma questão coletiva, mas as emissões não são equivalentes. Estudos mostram desigualdade entre quem mais emite e quem deve arcar com os custos. Sem comprometimento dos países mais desenvolvidos, que são os maiores emissores de carbono, é difícil que o restante do mundo consiga avançar. Ao mesmo tempo, quando países do Sul Global melhoram a renda e as condições de vida, as emissões também aumentam, criando uma armadilha no debate.”
Ela complementa que “os Estados Unidos já se afastaram do Acordo de Paris em algum momento. Países emissores importantes, como a China, não enviarão o primeiro escalão de representantes para a COP, e a Áustria também não terá comitiva. Assim, fica difícil avançar com acordos efetivos. Os principais promotores, então, seriam os países europeus, que têm um papel importante, dado seu grau de emissão, e possuem algum nível de comprometimento e possibilidade de assumir compromissos financeiros para apoiar outros países.”, finaliza.
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