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Gayer: ‘fio de esperança’ da defesa dos acusados, Luiz Fux pode ter voto decisivo no julgamento de Bolsonaro e aliados

Publicado 09/09/2025 • 22:11 | Atualizado há 2 semanas

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Eduardo Gayer

Eduardo Gayer é analista de Política e Economia do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC. Formado em Jornalismo pela PUC-SP e em História pela USP, tem extensão em jornalismo econômico pela FGV-SP. Antes de ingressar na TV, foi subeditor da Coluna do Estadão e repórter no Broadcast, acompanhando política e mercado financeiro. Cobriu in loco a guerra na Ucrânia e os mais importantes fóruns multilaterais no exterior dos últimos anos, como G-7, G-20, CELAC e Mercosul.

KEY POINTS

  • O voto do ministro Luiz Fux no julgamento da ação penal da trama golpista, que será proferido nesta quarta-feira (10), a partir das 9 horas, é o mais aguardado pelos réus e pelos próprios colegas de Supremo Tribunal Federal (STF). A interlocutores, Fux avisou que sua manifestação será longa.
  • Descrito nos bastidores pelos advogados de defesa como "fio de esperança", o magistrado tem sinalizado divergências de mérito com o ministro relator, Alexandre de Moraes, desde o recebimento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República.
  • Há quem cogite, inclusive, que o ministro vote para absolver algum dos oito réus pelo crime de golpe de Estado.
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O voto do ministro Luiz Fux no julgamento da ação penal da trama golpista, que será proferido nesta quarta-feira (10), a partir das 9 horas, é o mais aguardado pelos réus e pelos próprios colegas de Supremo Tribunal Federal (STF). A interlocutores, Fux avisou que sua manifestação será longa.

Descrito nos bastidores pelos advogados de defesa como "fio de esperança", o magistrado tem sinalizado divergências de mérito com o ministro relator, Alexandre de Moraes, desde o recebimento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República.

Há quem cogite, inclusive, que o ministro vote para absolver algum dos oito réus pelo crime de golpe de Estado. Um pedido de vista que atrasaria o desfecho do julgamento não é provável, mas segue uma possibilidade.

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Na sessão desta terça-feira, Fux protagonizou dois momentos de tensão com seus pares. Primeiro, com Moraes, ao interrompê-lo para avisar que vai se pronunciar, no seu voto, sobre questionamentos das defesas dos réus afastados de imediato pelo relator.

Em outro momento, Fux reclamou que o ministro Flávio Dino teria descumprido um combinado e pedido para se manifestar durante o voto de Moraes. "Ele pediu a mim, não a vossa excelência", respondeu o relator, em tom firme.

Fux foi o único ministro da Primeira Turma a votar contra as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Apesar da esperança depositada pelos réus, o magistrado carioca tem sido voz isolada na primeira turma do Supremo Tribunal Federal. Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia, via de regra, têm votado de maneira sintonizada com o relator Alexandre de Moraes no caso da trama golpista.

Lula alfineta aliados de Bolsonaro

No dia em que a Primeira Turma começou a votar o destino de Bolsonaro, o presidente Lula, durante evento em Manaus, criticou aliados do ex-presidente por levarem denúncias contra o Brasil aos EUA. Segundo ele, o ex-presidente “tentou dar um golpe de Estado” e planejou ataques contra autoridades como ele próprio, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Lula também ironizou os pedidos de anistia antes mesmo da condenação, lembrando que, quando foi preso, poderia ter deixado o país, mas preferiu permanecer e se defender.

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