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Fed deve cortar 0,25 p.p. nos juros; mercado aguarda decisão

Publicado 17/12/2024 • 21:30

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O Federal Reserve (Fed) tomará uma decisão sobre a taxa de juros nesta quarta-feira, com a expectativa do mercado apontando para um possível corte, apesar da inflação ainda estar acima da meta de 2%.
  • A economia dos EUA está crescendo a 3% ao ano, e o desemprego permanece baixo, mas a inflação continua sendo um desafio.
  • A reunião também será marcada pela análise das futuras expectativas econômicas, com o presidente do Fed, Jerome Powell, sendo pressionado a comentar sobre as possíveis implicações da política fiscal de Donald Trump.
Imagem do Federal Reserve, o banco central dos EUA.

Imagem do Federal Reserve, o banco central dos EUA.

Foto: Divulgação/Federal Reserve.

O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, vai tomar uma decisão sobre a taxa de juros básica da economia no país nesta quarta-feira (18).

A inflação no país está acima da meta, a economia cresce a cerca de 3% ao ano e o desemprego é baixo entre os americanos.

Por essas razões, pode-se pensar que o Fed vai subir os juros. No entanto, segundo a agência que faz avaliações para o próprio banco central, não é isso o que deve acontecer nesta quarta-feira.

Os traders apostam em um corte de juros –o valor nominal, hoje, é de 4,75%.

Essa decisão será acompanhada de perto. Um levantamento da CNBC aponta que 93% dos respondentes esperam um corte –sendo que 63% disseram que cortar é a medida correta a ser tomada.

Inflação nos EUA

A inflação ainda é um problema para os EUA. A taxa anual caiu bastante em relação ao ano de 2022. A alta generalizada de preços está faixa de 2,5% a 3%. O objetivo do Fed é manter a inflação na casa de 2%.

Na sexta-feira, o Departamento de Comércio deverá divulgar um índice importante de inflação.

Dirigentes do Fed favoráveis a um corte da taxa dizem que não é preciso ser tão restritivo e que não querem correr o risco de prejudicar o mercado de trabalho.

Chance de um corte agressivo 

A taxa já foi reduzida em setembro, e pode cair ainda mais.

Embora isso seja um alívio considerável em um curto período de tempo, os dirigentes do Fed têm ferramentas à disposição para avisar os mercados de que futuros cortes não ocorrerão tão facilmente. 

Uma dessas ferramentas é a matriz do gráfico de pontos, que mostra as expectativas individuais para as taxas nos próximos anos. Ela será atualizada na quarta-feira, junto com previsões informais sobre inflação, desemprego e Produto Interno Bruto (PIB). 

Outra ferramenta é o uso de orientações na declaração pós-reunião para indicar para onde o comitê vê a política indo –semelhante à ata do Copom no Brasil.

Por fim, Powell pode usar sua coletiva de imprensa para dar mais pistas. 

É justamente a conversa de Powell com a mídia que os mercados observarão mais de perto.

Powell disse recentemente que o Fed “pode se dar ao luxo de ser um pouco mais cauteloso” sobre a rapidez com que aliviará a política, em meio a uma economia que ele classificou como forte. 

E o Trump? 

É quase certo que Powell será questionado sobre como a política do Fed pode se posicionar em relação à política fiscal sob o presidente eleito Donald Trump. Até agora, o presidente e seus colegas têm ignorado perguntas sobre os efeitos das iniciativas de Trump sobre a política monetária, citando a incerteza sobre o que é apenas conversa por agora e o que se tornará realidade no futuro. Alguns economistas acham que os planos do presidente eleito para tarifas agressivas, cortes de impostos e deportações em massa poderiam agravar ainda mais a inflação. 

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