iPhone 17 chega às lojas enquanto Apple enfrenta rivais na China e dúvidas sobre IA

O iPhone 17 chegou às prateleiras de lojas em todo o mundo nesta sexta-feira (19), formando filas que iam de Pequim a Londres.

Mas, além do entusiasmo pelo lançamento, a Apple enfrenta pressão para se provar, lidando com questionamentos sobre seus planos de inteligência artificial e com o avanço da concorrência.

Entre os produtos apresentados pela primeira vez estão o iPhone 17 Pro, iPhone 17 Pro Max e iPhone Air, além de novos modelos do Apple Watch e dos AirPods.

Embora os aparelhos já estivessem disponíveis para pré-venda nos Estados Unidos desde 12 de setembro, o lançamento global tem peso especial, já que a Apple busca enfrentar a concorrência crescente em mercados internacionais.

No Brasil, o iPhone 17 será vendido a partir de R$ 7.999, o Pro a partir de R$ 11.499 e a versão Pro Max a partir de R$ 12.499. Já o iPhone Air vai custar a partir de R$ 10.499.

Concorrência na China

Um desses mercados é a China, onde clientes aguardaram por horas — e até durante a noite — para conseguir o novo iPhone.

O primeiro da fila na loja principal da Apple em Sanlitun, Pequim, nesta manhã, foi Liu — que preferiu não divulgar o nome completo. Ele contou à CNBC que estava na fila desde as 23h de quinta-feira (horário local) para garantir seu iPhone 17 Pro Max. Liu disse estar animado com a nova cor e o design externo do aparelho, que, segundo a Apple, melhora a dissipação de calor.

Ele destacou ainda ter migrado da Huawei para a Apple nos últimos anos, afirmando preferir o iPhone para uso diário e entretenimento.

Outro cliente, identificado apenas pelo sobrenome Yang — ex-usuário da Xiaomi —, disse que aguardava pelo novo iPhone por causa do sistema operacional.

Tanto Liu quanto Yang acreditam que muitos chineses vão comprar seu primeiro iPhone este ano, atraídos por novidades como maior capacidade de armazenamento interno.

Se essa tendência se confirmar, será uma boa notícia para a Apple, que perdeu espaço na China para fabricantes como Huawei e Xiaomi.

Após anos de liderança, a empresa detém hoje apenas 10% do mercado chinês de smartphones, ficando atrás de concorrentes locais como Oppo, Huawei, Xiaomi e outros, segundo dados da Omdia.

Até o momento, os sinais são positivos para a série iPhone 17 na China. Na última sexta-feira, a JD.com — uma das maiores plataformas de comércio eletrônico do país — informou que, em apenas um minuto, as pré-vendas da linha iPhone 17 superaram o volume de pedidos do primeiro dia da série iPhone 16 no ano passado.

Às 10h desta sexta-feira, a JD.com também reportou que as vendas de troca de iPhone 7 eram quatro vezes maiores que no mesmo período de 2024.

Outros mercados

Em Singapura, um mercado pequeno, mas de alto poder aquisitivo, o lançamento também gerou entusiasmo, com longas filas em frente às lojas da Apple.

Iman Isa e Daniel Muhamed Nuv, dois jovens profissionais, esperaram horas na unidade da Marina Bay para adquirir seus iPhone 17 Pro, os primeiros aparelhos novos em anos. Eles destacaram o novo design, a maior duração da bateria e a câmera aprimorada como motivos para permanecerem fiéis ao ecossistema da Apple.

Segundo Le Xuan Chiew, gerente de pesquisa da Omdia, os tempos de pré-venda e o feedback dos consumidores indicam que a demanda inicial global pela série iPhone 17 é majoritariamente positiva.

O modelo básico, em especial, superou expectativas, já que o preço de lançamento permaneceu o mesmo do antecessor, apesar dos avanços em memória, disse Chiew.

Em Singapura, muitos clientes também procuravam os novos AirPods Pro 3, atraídos pelo recurso de tradução em tempo real, apontado como um grande diferencial.

Em Londres, as filas foram maiores do que as vistas no lançamento do iPhone 16, e o interesse se concentrou nos modelos premium Pro e Pro Max.

“Nos últimos cinco anos, venho trocando de celular constantemente, porque todo ano a Apple traz algo novo”, disse Jasmine, uma cliente. “Eu adoro ter essa experiência da Apple a cada ano.”

Michael, que se apresentou como criador de conteúdo, afirmou ter escolhido o novo iPhone pela bateria e pela câmera.

“Pensei em pegar o [iPhone] Air, mas não sei se a bateria vai aguentar. E aquela câmera única? Não sei, me incomoda um pouco atrás”, comentou sobre a versão mais fina do iPhone 17.

Inteligência artificial

Um lançamento bem-sucedido do iPhone 17 pode ajudar a acalmar investidores da Apple após a recepção morna às novidades em inteligência artificial apresentadas no fim do ano passado.

Em entrevista ao programa Squawk Box Europe, da CNBC, na semana passada, Ben Wood, analista-chefe da CCS Insight, elogiou os novos produtos, mas ressaltou que a empresa agora precisa entregar resultados em IA.

“Não há dúvida de que a Apple precisa entregar em IA”, afirmou, lembrando que a companhia “falhou” no ano passado ao fazer grandes promessas que não se concretizaram.

“Apple precisa correr atrás [em IA], mas, por enquanto, acredito que ainda tem espaço para lidar com isso no período de transição”, concluiu.

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Naty.Falla

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