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Agro

Com perspectiva de safra recorde, produtores de soja buscam ampliar oferta de energia em Goiás

Publicado 28/09/2025 • 09:37 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Produtores de soja em Goiás pedem ampliação da oferta de energia para sustentar crescimento no Vale do Araguaia.
  • Evento da Aprosoja-GO reuniu mais de mil pessoas e debateu gargalos de infraestrutura.
  • Região já responde por 10% da soja goiana e pode expandir em até 50% a área produtiva.

Divulgação Momento simbólico de abertura do plantio de soja em Goiás

Produtores rurais e lideranças políticas reforçaram neste sábado (27) a necessidade de ampliar a oferta de energia elétrica em Goiás para sustentar o crescimento do agronegócio no estado. O tema foi destaque na Abertura do Plantio de Soja Goiana, evento organizado pela Aprosoja-GO na Fazenda Tamburi, em Nova Crixás, no Vale do Araguaia, que reuniu mais de mil pessoas.

O local foi escolhido por simbolizar a nova fronteira agrícola do estado, que já responde por 10% da safra de soja e 15% da produção de milho goiana. Só na última safra, Goiás colheu 20,75 milhões de toneladas de soja, das quais 2 milhões tiveram origem na região.

Gargalo energético

O presidente da Aprosoja-GO, Clodoaldo Calegari, afirmou que a falta de energia é hoje o principal entrave à expansão produtiva. “Temos um estado estacionado por conta da falta de fornecimento de energia. Nessa questão, não vamos dar refresco, vamos para cima e insistir”, disse.

O vice-governador Daniel Vilela (MDB) destacou que o governo estadual e entidades do setor formaram um grupo de trabalho para pressionar o governo federal e a concessionária responsável pela rede elétrica. Há também negociação com o Ministério de Minas e Energia para que o novo linhão, previsto para leilão em outubro, beneficie diretamente o Vale do Araguaia.

O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, reforçou que a energia é essencial para ampliar áreas irrigadas e destravar investimentos. “Resolvido o problema da energia elétrica, teremos uma região de alta prosperidade e de alto desenvolvimento, como outras do estado”, afirmou.

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Expansão acelerada

Composto por 11 municípios, o Vale do Araguaia tem potencial de crescimento expressivo: pode ampliar em 50% a área agricultável e converter mais de 2 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas produtivas. Desde 2019, a produção cresce sete vezes mais do que a média estadual, favorecida pelo relevo e pela disponibilidade de terras e recursos hídricos.

O ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo, que participou do evento como palestrante, afirmou que o avanço da região representa uma transformação notável. “Pouco se produzia aqui há 30 anos. O espírito empreendedor dos produtores rurais transforma o Brasil em uma esperança contra a epidemia de fome mundial”, disse.

Sustentabilidade

A recuperação de áreas degradadas foi apresentada como pilar da expansão agrícola. Segundo Erik Figueiredo, presidente do Instituto Mauro Borges (IMB), o modelo de produção local não apenas respeita o Código Florestal, como também contribui para ganhos ambientais. “A produção no Vale vai além do conceito tradicional de sustentabilidade e promove grandes avanços para o meio ambiente”, afirmou.

A região tem cerca de 259 mil hectares de área degradada, cuja recuperação exigiria R$ 3 bilhões em cinco anos. Essa reconversão amplia a captura de carbono e reforça a preservação ambiental.

Logística e impactos econômicos

A infraestrutura logística também está no centro das discussões. A possível implantação do Terminal Logístico de Grãos da Ferrovia de Integração Centro-Oeste deve impulsionar a região. Estimativas indicam crescimento de 9,6% no PIB agropecuário regional, equivalente a R$ 132,6 milhões, além da geração de quase 10,8 mil empregos formais nos próximos anos.

Vale do Araguaia em números

  • Participação atual: 10% da safra de soja e 15% do milho em Goiás
  • Safra goiana 2024/25: 20,75 milhões de toneladas de soja (2 milhões no Vale)
  • Potencial de expansão: +50% de área agricultável
  • Pastagens degradadas convertíveis: mais de 2 milhões de hectares
  • Áreas degradadas mapeadas: 259 mil hectares (recuperação estimada em R$ 3 bilhões em 5 anos)
  • PIB agropecuário regional: pode crescer 9,6% (R$ 132,6 milhões)
  • Empregos formais previstos: até 10,8 mil novos postos com novos investimentos logísticos
  • Produção recente: crescimento 7 vezes acima da média estadual desde 2019
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