Confiança do consumidor no Brasil atinge o menor nível desde junho, diz FGV
Publicado 20/12/2024 • 08:37 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 20/12/2024 • 08:37 | Atualizado há 5 meses
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Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Índice de Confiança do Consumidor brasileiro registrou uma queda de 3,6 pontos em dezembro, alcançando 92,0 pontos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (20) pelo FGV IBRE. Este é o menor nível desde junho deste ano, quando o indicador marcou 91,1 pontos.
A queda na confiança foi impulsionada principalmente pela piora das expectativas dos consumidores em relação ao futuro, com a percepção sobre a situação atual também registrando recuo, embora em menor intensidade.
Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 4,9 pontos, indo para 98,5 pontos, cravando o menor nível desde junho (98,1 pontos). Já o Índice da Situação Atual (ISA) registrou uma queda de 1,4 ponto, atingindo 82,9 pontos, o valor mais baixo desde setembro (81,7 pontos).
“A queda da confiança dos consumidores no mês foi influenciada, principalmente, pela piora das expectativas futuras e da percepção sobre a situação presente, em menor magnitude. O resultado também foi disseminado entre as faixas de renda, com destaque para o grupo de renda mais baixa”, disse Anna Carolina Gouveia, economista do FVG IBRE.
“A recente elevação da taxa de juros, somada a focos de pressão inflacionária em itens como alimentos, podem estar contribuindo para aumentar o pessimismo entre os consumidores no último mês de 2024, levando a uma pioradas expectativas com a situação financeira nos próximos meses”, afirmou a economista.
Entre os quesitos analisados, o indicador que mede as perspectivas financeiras futuras das famílias foi o que mais contribuiu para a queda da confiança, com uma redução de 8,3 pontos, para 98,8 pontos, o menor nível desde fevereiro deste ano (93,2 pontos).
Além disso, o otimismo em relação à situação futura da economia diminuiu, com um recuo de 3,3 pontos no indicador, para 102,8 pontos, marcando a quarta queda consecutiva.
A percepção sobre as finanças pessoais das famílias recuou 2,0 pontos, para 74,2 pontos, após duas altas consecutivas, enquanto a avaliação sobre a economia local caiu 0,8 ponto, indo para 92,0 pontos, o menor nível desde junho.
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