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Novo crédito imobiliário deve impulsionar emprego e renda sem ampliar risco fiscal, diz especialista
Publicado 10/10/2025 • 21:00 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 10/10/2025 • 21:00 | Atualizado há 9 horas
KEY POINTS
O novo modelo de crédito imobiliário lançado pelo governo é sustentável e pode gerar impacto imediato na economia sem aumentar o risco fiscal, avalia Marcelo Prata, fundador da Resale e especialista em mercado imobiliário. “O governo não está colocando dinheiro novo, apenas reestruturando o uso do funding da poupança. Isso moderniza o sistema e cria um alicerce importante para o futuro”, afirma.
A medida, anunciada nesta sexta-feira (10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento em São Paulo, vai viabilizar R$ 111 bilhões em recursos no primeiro ano, segundo o Banco Central (BC) — R$ 52,4 bilhões a mais que o modelo atual. O novo desenho foi aprovado em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) e busca ampliar o acesso ao crédito habitacional, especialmente para a classe média e média baixa.
De acordo com o BC, o modelo moderniza o uso dos depósitos de poupança, permitindo que até 100% dos recursos sejam aplicados em crédito imobiliário — contra os atuais 65%. Até 5% dos saldos de poupança poderão ser deduzidos do compulsório (reserva obrigatória dos bancos), liberando R$ 36,9 bilhões imediatos para o sistema.
Na prática, a cada real emprestado, os bancos poderão usar o mesmo valor da poupança livremente por até cinco anos, desde que mantenham o volume total aplicado no setor. O valor máximo do imóvel financiado no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, com juros limitados a 12% ao ano.
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Prata destaca que o programa beneficia empresas que atuam na construção civil, um dos setores que mais gera empregos. Ele também ressalta que o público da classe média, que comprava imóveis acima do teto do SFH, agora terá acesso a linhas de crédito mais baratas.
“A medida é uma excelente notícia, especialmente porque a Caixa elevou o limite de financiamento de 70% para 80% do valor do imóvel”, diz.
O especialista observa, porém, que o desafio macroeconômico permanece. “A taxa de juros ainda é muito alta. Isso encarece o custo de vida e afeta o tripé do setor: confiança, emprego e renda.”
O CMN também aprovou um componente adicional de amortização para contratos indexados à inflação, que suaviza variações no IPCA. O teto será calculado com base na média dos últimos 20 anos, reduzindo a volatilidade das parcelas e tornando o financiamento mais previsível.
Durante o lançamento, Fernando Haddad afirmou que o modelo “canaliza o dinheiro mais barato da economia para moradia e empregos”. Lula reforçou o caráter social da medida: “Quem ganha até R$ 5 mil por mês precisa de políticas de inclusão. Este programa foi feito pensando nessas pessoas, garantindo uma casa melhor e mais digna.”
Já Gabriel Galípolo, presidente do BC, disse que a mudança é estrutural: “É uma solução que permite mais crédito, mais estabilidade e juros mais baixos.”
Para Prata, o maior ganho é a estabilidade. “Se tudo der certo, nada muda — e isso é ótimo. Num país que precisa de previsibilidade, estabilidade é avanço”, conclui.
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