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ESG

Presidente da COP30 defende adaptação climática como ‘próximo passo da evolução humana’

Publicado 23/10/2025 • 12:41 | Atualizado há 8 horas

Tomaz Silva/Agência Brasil

Presidente da 30ª Conferência das Partes (COP30), André Aranha Corrêa do Lago

O presidente da 30ª Conferência das Partes (COP30), André Aranha Corrêa do Lago, afirmou em sua oitava carta à comunidade internacional que a adaptação climática deixou de ser uma escolha posterior à mitigação e se tornou essencial para a sobrevivência humana.

Segundo Corrêa do Lago, a humanidade vive uma transição “da era dos alertas para a era das consequências”, e a adaptação deixou de ser uma escolha posterior à mitigação para se tornar “a primeira parte da sobrevivência”. “A adaptação é o próximo passo da evolução humana”, escreveu.

Ele destacou que a cooperação internacional será decisiva para enfrentar a crise e defendeu que a COP30, que ocorrerá em 2025 em Belém (PA), seja “a COP da adaptação”. O diplomata afirmou que, assim como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a conferência será “a COP da verdade”, na qual os países serão testados em sua capacidade de agir coletivamente.

Corrêa do Lago ainda alertou para o risco de um “precedente perigoso na evolução humana”, no qual os ricos se protegem com infraestrutura resiliente enquanto os mais pobres permanecem vulneráveis. Ele classificou esse cenário como “antiético, imoral e autodestrutivo”.

A carta cita dados recentes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que apontam 1,1 bilhão de pessoas vivendo em pobreza multidimensional aguda. Mais de 800 milhões delas enfrentam ao menos um grande risco climático.

“Sem adaptação, a mudança do clima se torna um multiplicador da pobreza”, afirmou o presidente da COP30, destacando que a falta de ação “não é uma falha técnica, mas uma escolha política sobre quem vive e quem morre”.

Financiamento ainda é insuficiente

O diplomata também destacou que o financiamento para adaptação climática segue muito abaixo do necessário. Segundo ele, os recursos destinados à área representam menos de um terço do total do financiamento climático global. “O desequilíbrio entre mitigação e adaptação enfraquece a resiliência coletiva e perpetua desigualdades estruturais”, alertou.

Corrêa do Lago defendeu que o financiamento para adaptação seja visto como investimento, não como assistência. Ele citou estimativas do Banco Mundial segundo as quais medidas robustas de adaptação podem gerar até quatro vezes seu custo em benefícios econômicos.

A carta ressalta que a COP30 marcará o início de um novo ciclo do Acordo de Paris, voltado à implementação efetiva das políticas climáticas. Corrêa do Lago celebrou o avanço dos Planos Nacionais de Adaptação (NAPs) — já iniciados em 144 países — e convocou os demais a se unirem “a essa corrente emergente de resiliência coletiva”.

Entre as metas para Belém, o presidente da COP30 citou a necessidade de avaliar o progresso dos NAPs, fechar a lacuna de financiamento e operacionalizar o Objetivo Global de Adaptação (GGA). Ele também defendeu que ministros da Fazenda e bancos de desenvolvimento tratem a adaptação “como instrumento central de política, não como caridade”.

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