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Dr. Inovação: saúde privada aposta em tecnologia e IA para melhorar atendimento no Brasil
Publicado 27/10/2025 • 15:47 | Atualizado há 2 meses
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KEY POINTS
A transformação digital na saúde privada brasileira avança em ritmo acelerado, impulsionada pelo uso crescente de inteligência artificial (IA), automação de processos e integração de dados. O movimento, que ganhou força após os impactos financeiros da pandemia, busca equilibrar sustentabilidade econômica e melhor experiência para pacientes.
Em entrevista ao programa Fast Money, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o médico e CEO da Horuss AI, Dr. Pedro Batista, defendeu que a inovação está redesenhando o setor, das análises diagnósticas à gestão operacional. “As operadoras estão fazendo uma virada de jogo do que aconteceu no pós-pandemia, com prejuízos expressivos, e agora tentam trazer mais benefícios também para o paciente”, afirmou.

De acordo com Batista, hoje as frentes tecnológicas impactam diretamente a vida dos pacientes e profissionais de saúde. Entre elas, o uso de inteligência artificial e machine learning se destaca.
Essas ferramentas, no entanto, só funcionam plenamente quando apoiadas em bases de dados estruturadas e seguras. “Na Horus AI, sempre começamos limpando e organizando os dados do cliente. Só assim conseguimos aplicar padrões de IA e antecipar eventos, como identificar pacientes que precisam de exames preventivos ou que deixaram de buscar resultados importantes”, explicou.
O especialista destacou ainda que, com o uso de tecnologias como telemedicina e prontuário eletrônico, é possível otimizar o atendimento e reduzir gargalos. “Hoje, a informação está descentralizada. O paciente faz exames e consultas em locais diferentes, e os sistemas não se conversam. Isso afeta a eficiência do cuidado”, afirmou.

Batista lembra que há mais de dois mil sistemas diferentes trocando informações entre operadoras, secretarias e o Ministério da Saúde. Essa fragmentação dificulta a criação de um histórico clínico único e completo. “A integração é essencial para melhorar o fluxo e a jornada do paciente, tornando o atendimento mais rápido e eficiente, tanto no setor privado quanto no público”, declarou.
A automatização e a centralização de informações, segundo ele, são passos fundamentais para aumentar a eficiência e reduzir custos. “Plataformas concentradoras permitem um fluxo mais fluido, com impacto direto na experiência do paciente.”

Para ilustrar os avanços, Batista cita exemplos de grandes grupos que estão à frente na adoção de tecnologia, como “SulAmérica, Bradesco Saúde, Hapvida, Rede D’Or São Luiz, porque têm capacidade de investimento e grandes carteiras de beneficiários”.
A Rede D’Or São Luiz, com quase 80 hospitais sob gestão, possui o maior parque de robôs cirúrgicos do país, utilizados em procedimentos minimamente invasivos. “Essas cirurgias reduzem o tempo de internação, aumentam a precisão e melhoram a recuperação do paciente. Embora pareçam mais caras, quando analisamos a jornada completa, saem mais baratas e eficientes”, disse Batista.
Ele exemplificou com o caso das cirurgias de próstata: “No caso da prostatectomia radical, o paciente recupera mais rápido, tem menos lesões e precisa de menos fisioterapia. É o típico exemplo do ‘caro que sai barato’.”

A Hapvida, segundo o especialista, opera um dos maiores sistemas de telemedicina do Brasil, atendendo quase 8 milhões de pacientes. A empresa centralizou informações de rede hospitalar e diagnóstica, o que facilita o acompanhamento e a entrega de saúde de forma integrada.
Já a SulAmérica implementou certificação digital em todos os prestadores, eliminando o uso de papel e aumentando a segurança dos registros. “Com isso, há mais controle sobre consultas, exames e ações médicas, o que se traduz em ganhos de eficiência e confiança”, observou.
O Bradesco Saúde, por sua vez, apostou na experiência do usuário. “A empresa investiu no aplicativo do paciente, mas a tendência é migrar para ferramentas mais acessíveis, como o WhatsApp. O Brasil é o maior usuário do aplicativo no mundo, e ele pode ser o canal ideal para facilitar o contato direto entre médicos e pacientes”, avaliou Batista.

O avanço das grandes companhias está inspirando operadoras menores a investir. “Vem aí um grande volume de investimentos dos pequenos e médios players, que não podem ficar de fora se quiserem continuar crescendo. Caso contrário, os grandes, com maior capacidade de precificação e investimento, vão dominar o mercado”, afirmou.
Para o médico, o futuro da saúde privada será marcado pela personalização e pelo uso inteligente de dados. “A capacidade de identificar doenças raras e oferecer cuidados mais precisos vai se ampliar. A tendência é que não apenas os grandes, mas também os pequenos e médios consigam competir com inovação, especialmente nas cidades do interior”, concluiu.
Com a digitalização e a inteligência artificial, a saúde suplementar brasileira se move em direção a um modelo mais integrado, preditivo e centrado no paciente. A inovação, que antes era diferencial, agora se consolida como necessidade estratégica — e, segundo especialistas, tende a redefinir o futuro do setor nos próximos anos.
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