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Volkswagen tem leve alta na receita, mas lucro despenca com tarifas e reestruturação da Porsche
Publicado 30/10/2025 • 07:57 | Atualizado há 10 horas
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Publicado 30/10/2025 • 07:57 | Atualizado há 10 horas
KEY POINTS
O Grupo Volkswagen registrou receita de 238,7 bilhões de euros (US$ 278 bilhões) entre janeiro e setembro de 2025, uma leve alta de 1% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do crescimento nas vendas e da expansão em mercados como na América do Sul, o resultado operacional caiu 58%, para € 5,4 bilhões, pressionado por tarifas de importação, mudanças na estratégia da Porsche e ajustes contábeis.
O grupo entregou 6,6 milhões de veículos no acumulado do ano, aumento de 1,2% na comparação anual. A performance foi impulsionada por crescimento de 13% na América do Sul, 4% na Europa Ocidental e 11% na Europa Central e Oriental — compensando as quedas na China (-2%) e na América do Norte (-11%).
Isolando os resultados do terceiro trimestre, de julho a setembro de 2025, a Volkswagen apresentou prejuízo operacional de € 1,3 bilhão e receita de € 80 bilhões, justificados pela queda de vendas na China e tarifas do Trump.
Mercado: Na bolsa de Frankfurt, na Alemanha, as ações da fabricante operam em queda de 1,45% após os resultados, negociadas a € 91,90.
A margem operacional recuou de 5,4% para 2,3%, refletindo o impacto de tarifas nos Estados Unidos, além de provisões e baixas contábeis na Porsche, que somaram € 4,7 bilhões. O fluxo de caixa livre da divisão automotiva caiu quase pela metade, para € 1,8 bilhão, enquanto a liquidez líquida recuou para € 31 bilhões.
O CFO e COO do grupo, Arno Antlitz, classificou o cenário como “misto”. “Vemos o sucesso de mercado dos nossos veículos a combustão e elétricos, mas o resultado financeiro é significativamente mais fraco. Precisamos acelerar programas de desempenho, buscar eficiência e explorar sinergias dentro do grupo”, afirmou.
A divisão Core (Volkswagen, Škoda, SEAT/CUPRA e comerciais leves) teve aumento de 7% no resultado operacional, alcançando € 4,7 bilhões, com margem estável de 4,4%. A Škoda manteve forte rentabilidade, com 8% de margem, enquanto a Volkswagen Passenger Cars elevou ligeiramente a margem para 2,3%, apoiada em cortes de custos.
Já a divisão Progressive, que inclui Audi, Lamborghini e Bentley, teve queda de 26% no lucro, para € 1,6 bilhão, e margem de 3,2%, afetada por tarifas e custos de regulação de CO₂.
A Porsche, no grupo Sport Luxury, registrou queda de 11% nas entregas (198 mil unidades) e teve prejuízo operacional de € 228 milhões, frente a lucro de € 3,8 bilhões no ano anterior, impactada pela reestruturação da linha de produtos e por custos de materiais.
A divisão de veículos comerciais Traton teve recuo de 46% no lucro, para € 1,7 bilhão, com fluxo de caixa negativo, enquanto a Volkswagen Group Mobility — responsável por serviços financeiros e de mobilidade — cresceu 37%, com resultado de € 2,9 bilhões e margem de 6,6%.
Para o ano inteiro de 2025, a Volkswagen prevê receita estável em relação a 2024 e margem operacional entre 2% e 3%. O grupo estima fluxo de caixa próximo de zero, devido aos altos investimentos em eletrificação e reestruturação.
Antlitz reforçou a necessidade de adaptação a um ambiente global desafiador:
“As tarifas comerciais nos custarão até € 5 bilhões no ano. Continuaremos focados em eficiência e na melhor utilização das sinergias do grupo.”
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