CNBC

CNBCImportantes CEOs do setor imobiliário dizem que não há êxodo corporativo em Nova York após vitória de Mamdani

Entretenimento

Disney faz nova correção de rota e transforma ESPN em produto de luxo

Publicado 14/11/2025 • 21:22 | Atualizado há 4 horas

Kirby Lee-Imagn/Foto de arquivo

Logotipo da ESPN no centro de mídia do Super Bowl LIX, no Centro de Convenções Ernest N. Morial

Nos últimos anos, o Disney+ viveu uma transformação acelerada (e muitas vezes confusa) em sua estrutura de conteúdo, precificação e proposta de valor. Lançado com a promessa de ser o streaming da família, focado em animações, franquias clássicas e marcas como Marvel, Star Wars e Pixar, a plataforma incorporou novos segmentos, especialmente com a chegada do Star+ (posteriormente renomeado para Hulu), voltado para produções mais adultas e esportes.

Agora, a Disney caminha para mais uma reformulação importante: concentrar o conteúdo da ESPN nos pacotes mais caros de assinatura. A decisão de restringir os eventos esportivos da ESPN, incluindo jogos ao vivo e programas consagrados, aos planos premium do Disney+ sinaliza uma estratégia clara de diferenciação de público e aumento de receita. O esporte sempre foi um ativo valioso para qualquer conglomerado de mídia, especialmente por gerar alto engajamento.

Ao transformar o acesso ao conteúdo esportivo em um privilégio de quem paga mais, a Disney segue um caminho semelhante ao da Netflix, que vem testando camadas de assinatura com mais ou menos benefícios. Mas essa movimentação não é isolada. Nos últimos dois anos, o Disney+ deixou de ser uma plataforma de conteúdo único e passou a integrar gradualmente os catálogos do Star Channel, que era uma das maiores audiências da TV por assinatura, e da ESPN.

Leia mais artigos desta coluna aqui

Além disso, a identidade do Disney+ se tornou menos definida. O que antes era um serviço com foco claro no público infantil e familiar, agora precisa equilibrar séries dramáticas do FX, filmes adultos, partidas de futebol e produções da National Geographic com clássicos da Disney. A diversidade de conteúdo pode ser um atrativo, mas também cria desafios de posicionamento, dificultando a percepção de valor para quem só consome parte do catálogo.

A escalada nos preços também tem gerado críticas. O modelo de assinatura que antes se destacava pela simplicidade e custo acessível agora exige que o consumidor compreenda diferenças entre planos com ou sem anúncios, com ou sem esportes, e com ou sem conteúdos adultos. A fragmentação das assinaturas, aliada à tentativa de empurrar os usuários para planos mais caros, acaba incentivando o cancelamento, principalmente em países com maior sensibilidade aos reajustes, que acontecem cada vez mais.

Do ponto de vista estratégico, a Disney parece apostar na fidelidade dos fãs de esporte como motor de crescimento do Disney+. A lógica é simples: quem quer acompanhar o Campeonato Inglês, a NFL ou a NBA via streaming não tem muitas alternativas. Ao concentrar esse conteúdo em pacotes premium, a empresa transforma o esporte em um diferencial competitivo frente aos concorrentes. Mas essa estratégia também tem riscos, especialmente se os consumidores não enxergarem valor suficiente nos outros elementos do pacote mais caro.

É importante lembrar que, nos bastidores, a Disney enfrenta pressões financeiras significativas. A queda na receita dos canais tradicionais, como a própria ESPN na TV por assinatura, e os prejuízos no streaming colocaram o grupo em uma posição delicada. Reestruturar serviços e reajustar preços é uma forma de tentar reverter esse cenário, mas exige equilíbrio para não perder relevância em um mercado já saturado e competitivo.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Fábrica de Mídia

Semanalmente, Michaele Gasparini destrincha um dos principais temas da indústria de mídia na semana. Nada passa despercebido ao olhar da colunista: tudo o que movimenta o mercado e rende milhões de dólares em publicidade nas emissoras de televisão e nas plataformas de streaming estará aqui.

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Entretenimento

;