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EXCLUSIVO: Setor prevê retomada das exportações de café após fim das tarifas dos EUA
Publicado 20/11/2025 • 23:38 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 20/11/2025 • 23:38 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
A retirada das tarifas de 40% sobre o café brasileiro pelos Estados Unidos já produz efeitos imediatos no setor exportador. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Pavel Cardoso, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), afirmou que o movimento não foi inesperado para a indústria, que vinha acompanhando sinais do governo norte-americano desde julho.
Cardoso explicou que, no final daquele mês, autoridades americanas indicaram que, se não houvesse crescimento da produção interna de determinados itens, as tarifas poderiam ser zeradas. Segundo ele, as negociações se intensificaram após os encontros entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos durante a Assembleia da ONU, e avançaram sob coordenação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do chanceler Mauro Vieira.
O presidente da ABIC afirmou que o setor enfrentou três meses de forte redução das exportações para os EUA, com estoques em queda nas torrefadoras americanas. Ele destacou que a reposição é lenta e que substituições no fornecimento não ocorrem rapidamente.
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Os Estados Unidos consumiram 25 milhões de sacas no último ano, das quais 8,1 milhões foram de origem brasileira. O país é o maior consumidor global e apresenta um padrão de consumo difundido, incluindo cafés de grande volume em cafeterias, estabelecimentos familiares e consumo doméstico. Segundo Cardoso, “76% dos americanos tomam café diariamente”, disse, reforçando a relevância da demanda para a indústria brasileira.
O presidente da ABIC pontuou que a retirada das tarifas tem efeito direto no abastecimento imediato. Ele explicou que contratos que estavam em espera devido à sobretaxa voltaram a ser executados e que cargas destinadas aos Estados Unidos já começam a ser embarcadas. Cardoso ressaltou que os estadunidenses devem consumir café brasileiro já no feriado de Ação de Graças. Ele disse que “os americanos terão o que comemorar, com o café brasileiro de volta aos seus blends”.
Cardoso também mencionou a importância econômica do produto para os EUA. Segundo ele, o café movimenta 1,2% do PIB americano e gera impacto estimado em US$ 343 bilhões na economia local, apesar de o país produzir menos de 1% do que consome. Para o Brasil, o café representa 0,86% do PIB.
Por fim, o presidente da ABIC avaliou que a medida americana cria condições para a retomada da participação brasileira no mercado e para a recomposição de estoques ao longo das próximas semanas. Ele afirmou que o setor permanece mobilizado para acompanhar os desdobramentos das negociações bilaterais.
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