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COP30: Brasil promete relatório “imparcial” sobre transição dos combustíveis fósseis

Publicado 22/11/2025 • 20:25 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Presidente da COP30 afirma que o Brasil produzirá, durante sua presidência, um relatório técnico “substantivo e imparcial” sobre a transição dos combustíveis fósseis
  • Documento será elaborado com apoio das principais agências globais de energia, incluindo AIE, IRENA e OPEP
  • Objetivo é organizar dados e análises para orientar o debate internacional sobre alternativas aos combustíveis fósseis

Reprodução/YouTube

André Corrêa do Lago, presidente da COP30

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou neste sábado (22), durante coletiva de imprensa, que a presidência da conferência vai produzir, ao longo dos próximos 11 meses, um estudo técnico abrangente sobre caminhos para a transição global dos combustíveis fósseis.

A iniciativa surge após o chamado “Decisão Mutirão”, proposta defendida pelo Brasil, não obter o consenso necessário entre os 195 países participantes.

Segundo Corrêa do Lago, o texto buscava ser o instrumento mais legítimo possível, já que teria de ser aprovado por toda a conferência. “Seria o mais legítimo entre ações, porque ele receberia o aval de toda a conferência. Não podendo obter esse aval, tendo em vista que estava um placar… assim, tipo 85 a 80, que a gente mais ou menos identifique, e como vocês sabem tem que ser 195 a 0”, afirmou.

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Diante da falta de unanimidade, o Brasil decidiu avançar com um estudo técnico próprio. “A gente decidiu desenvolver, e a gente vai desenvolver, na presidência brasileira, um trabalho sobre o que há de mais alta qualidade de análise desse esforço de você se afastar dos combustíveis fósseis, que é a fórmula que saiu de Dubai”, afirmou, lembrando que o acordo firmado na COP28 já estabelece compromissos de transição, mesmo sem detalhar mecanismos de implementação.

Brasil vai convidar principais entidades de energia do mundo

Corrêa do Lago explicou que o trabalho será feito com apoio das principais organizações internacionais de energia, a maioria fora da estrutura da ONU. “É muito interessante que as maiores entidades de energia do mundo são fora das Nações Unidas, porque o tema de energia é tão geopoliticamente carregado e é tão economicamente importante que você não tem dentro das Nações Unidas uma organização de energia, a não ser a de nuclear”, disse.

Entre as instituições que serão convidadas estão:

  • Agência Internacional de Energia (IEA)
  • Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA)
  • Aliança Solar Internacional, sediada na Índia
  • Iniciativas globais de biocombustíveis
  • OPEP, que segundo o presidente da COP30, “também tem muita pesquisa sobre o tema”

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O executivo afirmou ainda que essas entidades vão compor um núcleo técnico dedicado a produzir dados consistentes, análises comparáveis e cenários de transição energética. O objetivo é apresentar um relatório “muito substantivo e neutro, equilibrado, imparcial e que coloque os dados”.

“Precisamos inventar uma nova maneira de olhar para a economia”

Corrêa do Lago admitiu que não existe uma única rota possível para todos os países. “Você tem que inventar uma nova maneira de olhar para a economia”, afirmou, citando as diferenças entre:

  • Países ricos produtores de petróleo (como Canadá);
  • Países dependentes economicamente do petróleo;
  • Nações pobres que precisam dos combustíveis fósseis para manter sua matriz energética.

Segundo ele, um trabalho preliminar já encomendado pela equipe brasileira mostrou que a análise integrada da economia do petróleo “revela o mundo de uma maneira diferente” e deve orientar a elaboração do documento final.

“Eu acho que vai ser, de certa forma, uma revelação do quanto nós temos que olhar para o mundo de uma maneira diferente, se nós olharmos sobre esse ponto de vista”, concluiu.

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