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‘Nós não vamos ser exportadores dos minerais críticos’, diz Lula em Moçambique

Publicado 24/11/2025 • 16:40 | Atualizado há 23 minutos

KEY POINTS

  • Lula afirmou em Moçambique que o Brasil não pretende exportar minerais críticos sem agregação de valor e defendeu que países africanos sigam a mesma estratégia, citando recursos como lítio e cobalto.
  • O presidente disse que a disputa global por espaço econômico na África envolve potências como China, EUA e União Europeia, e que o Brasil precisa reconstruir parcerias para não perder competitividade.
  • Lula afirmou que minerais críticos africanos oferecem oportunidades para cooperação tecnológica e industrial, e que o Brasil busca ampliar parcerias em agricultura, energia, infraestrutura, saúde, formação técnica e financiamento via BNDES.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não pretende exportar minerais críticos sem agregação de valor e que a estratégia deve ser seguida também por países africanos. Durante o encerramento do encontro empresarial Brasil–Moçambique nesta segunda-feira (24), em Moçambique, Lula destacou que setores ligados à transição energética precisam ser estruturados para gerar atividade industrial e desenvolvimento local.

“Nós não vamos ser exportadores dos minerais críticos. Se quiser, vai ter que industrializar no nosso país para o nosso país poder ganhar esse dinheiro”, afirmou o presidente ao citar recursos como lítio e cobalto, que têm papel relevante nas cadeias globais de energia e mobilidade.

Lula defendeu que cada país defina seus modelos de exploração de forma soberana e que a política mineral seja articulada com objetivos de desenvolvimento econômico e tecnológico. Ele afirmou que, sem essa estratégia, nações produtoras correm o risco de repetir ciclos anteriores, nos quais minérios eram exportados sem gerar benefícios locais. “Ou nós aproveitamos essas riquezas e fazemos disso uma riqueza para o nosso povo, ou vamos ver os países de sempre cavarem buraco e levar o nosso minério”, disse.

O presidente também citou a disputa global por espaço econômico na África e afirmou que a China “desperta muita ciumeira” porque ocupou áreas onde Brasil, Estados Unidos e União Europeia reduziram investimentos nos últimos anos. Segundo Lula, enquanto potências ocidentais “esqueceram de fazer investimento na África”, os chineses ampliaram sua presença no continente, o que reforça a necessidade de o Brasil reconstruir suas parcerias para não perder competitividade.

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Conexão com a transição energética

O presidente afirmou que as reservas africanas de minerais críticos oferecem oportunidades para parcerias entre países do Sul Global. Ele citou que Moçambique possui importantes recursos minerais e que o desenvolvimento desses setores deve envolver cooperação tecnológica e industrial, e não apenas exportação de commodities.

Lula ressaltou que a transição energética também envolve biocombustíveis e rejeitou a ideia de que produção de combustíveis renováveis competiria com alimentos. Para ele, há capacidade territorial suficiente para combinar agricultura, energia renovável e mineração de forma complementar.

Agenda econômica mais ampla

Ao longo do discurso, o petista mencionou que o governo busca retomar projetos interrompidos em anos anteriores e recuperar a presença brasileira no continente africano. Ele afirmou que o Brasil pretende ampliar cooperação em agricultura, energia, infraestrutura, saúde e formação técnica, além de reativar instrumentos de crédito do BNDES para financiar parcerias bilaterais.

Ao abordar comércio exterior, o presidente citou que a integração entre o Mercosul e a Zona de Livre Comércio Continental Africana pode abrir caminhos para novas cadeias produtivas.

Lula encerrou o pronunciamento afirmando que estabilidade política, econômica, fiscal e social, além de previsibilidade regulatória, são condições essenciais para atrair investimentos de longo prazo. O presidente disse que o governo brasileiro está disposto a ampliar projetos conjuntos com empresas moçambicanas.

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