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Pai, avô e mãe: os papéis da família Magro no caso Refit, segundo o MP

Publicado 28/11/2025 • 18:35 | Atualizado há 33 minutos

KEY POINTS

  • Ministério Público aponta que Ricardo Magro comandaria a estrutura do grupo Refit por meio de familiares e executivos de confiança, usando interpostas pessoas para ocultar participação direta nas empresas
  • Pai, mãe e avô do empresário teriam atuado em frentes como blindagem patrimonial, controle societário e gestão de holdings, segundo a decisão judicial que embasou os mandados
  • Operação bloqueou R$ 10,2 bilhões e atingiu 190 alvos em seis Estados, em investigação que apura fraude tributária bilionária, lavagem de dinheiro e organização criminosa

A megaoperação da Receita Federal e de Ministérios Públicos de cinco Estados trouxe à tona o mapa completo de parentes, executivos e aliados que, segundo as investigações, comporiam a estrutura usada pelo grupo Refit em um suposto esquema de fraude tributária bilionária.

O empresário Ricardo Magro, apontado como figura central, e três gerações de sua família aparecem entre os investigados. No total, R$ 10,2 bilhões foram bloqueados por ordem judicial para garantir o pagamento de créditos tributários.

Magro, que vive entre Estados Unidos e Portugal, não foi localizado no cumprimento dos mandados de busca. Seus familiares, o pai, João Manoel Magro; a mãe, Gabriela Magro; o avô, Manuel Joaquim Andrade, também foram alvo da operação.

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De acordo com o Ministério Público, Magro seria o responsável por comandar o ecossistema empresarial que inclui distribuidoras de combustíveis, holdings, fintechs, escritórios jurídicos e empresas offshore. Os investigadores afirmam que ele teria usado familiares e executivos de confiança para compor camadas de interposição societária e ocultar participação direta nas companhias.

João Manuel Magro (pai): apontado como interposto societário em empresas antigas, como a Fera Lubrificantes, para blindar o filho de responsabilidade direta.

Manuel Joaquim Andrade (avô): teria atuado na blindagem patrimonial e aparece como sócio em empresas envolvidas na origem das dívidas fiscais.

Gabriela Magro (mãe): sócia da Edrosa Consultoria, holding imobiliária da família; segundo o MP, teria sido usada para acumular patrimônio proveniente da suposta sonegação.

O comentarista Cristiano Beraldo, colaborador da Jovem Pan, também foi alvo dos mandados. Segundo as investigações, ele gerenciaria empresas offshore nos Estados Unidos que teriam relação com Magro, incluindo firmas com endereços coincidentes. Beraldo afirmou, em vídeo, ter sido “surpreendido” pela inclusão de seu nome e anunciou afastamento das atividades de comentarista político.

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Os operadores do esquema

Além da família Magro e de Beraldo, a decisão judicial listou diversos executivos que, segundo o Ministério Público, comporiam os diferentes núcleos do esquema:

  • Luís António Dias Soares — descrito como o braço financeiro de Magro; preside a Eurovest S.A., apontada como responsável por movimentações atípicas de R$ 72 bilhões.
  • Tiago Gotierre de Assis — contador de empresas do grupo e responsável pela ligação entre operações varejistas e a estrutura contábil.
  • Carlos Eduardo Garcia Cotta — gestor de ativos e ex-administrador de empresas do braço logístico.
  • Jorge Berdasco Martinez — sócio do escritório Magro Advogados, acusado pelo MP de estruturar a blindagem societária em holdings e fundos.
  • Victor Volpato Ettruri — administrador das fintechs e instituições de pagamento do grupo.
  • Pedro Salmeron Carvalho — controlador do grupo Fidd, que daria fachada de legalidade aos fundos de investimento usados na estrutura, segundo os investigadores.

Ao todo, foram expedidos 126 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Distrito Federal, envolvendo 190 alvos. O grupo Refit, dono da antiga refinaria de Manguinhos e ligado a dezenas de distribuidoras e postos, é considerado o maior devedor de ICMS do Estado de São Paulo e um dos maiores da União.

Segundo o Ministério Público, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 26 bilhões em tributos não recolhidos, já inscritos em dívida ativa. A investigação apura suspeitas de crimes tributários, organização criminosa, lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial no Brasil e no exterior.

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