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Ibovespa B3: taxas de juros sobem com piora nos mercados externos e alta do dólar

Publicado 01/12/2025 • 20:50 | Atualizado há 52 minutos

KEY POINTS

  • Os juros futuros subiram no primeiro pregão de dezembro, influenciados principalmente pelo cenário externo, após o Banco do Japão sinalizar possível alta de juros, o que contaminou curvas globais; o câmbio sofreu mais, com o dólar fechando em R$ 5,5359.
  • Declarações conservadoras de Gabriel Galípolo, presidente do BC, adicionaram pressão doméstica, reforçando a necessidade de cautela diante de sinais mistos da economia e expectativas de inflação ainda acima do desejado.
  • Apesar da forte alta do dólar, analistas afirmam que os DIs tiveram reação relativamente moderada diante da escalada dos Treasuries; o Focus trouxe poucas mudanças, com leve queda nas expectativas de inflação para 2025 e 2026.
Notas e moeda de real.

Notas e moeda de real.

Agência Brasil

Os juros futuros negociados na Ibovespa B3 operaram em alta no primeiro pregão de dezembro, mas em ritmo comedido em relação à depreciação do real ante o dólar, que renovou máximas ao longo da tarde. Segundo agentes do mercado, a piora no ambiente doméstico de renda fixa foi determinada principalmente pelo cenário externo, embora a aversão ao risco global tenha impactado mais fortemente o câmbio do que a curva de juros.

Do lado doméstico, novas declarações conservadoras do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também exerceram pressão sobre as taxas. Ainda assim, a avaliação predominante é de que o mau humor vindo de fora — desencadeado pela sinalização do Banco do Japão (BoJ) de que poderá elevar os juros ainda este mês — foi o principal vetor da sessão.

Encerrados os negócios, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) registraram avanço:

  • DI jan/2027: de 13,572% para 13,62%
  • DI jan/2029: de 12,722% para 12,765%
  • DI jan/2031: de 12,979% para 12,99%

Na madrugada, pelo horário de Brasília, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, afirmou que a instituição discutirá “cuidadosamente” uma possível elevação dos juros em sua reunião de política monetária de 18 e 19 de dezembro. Como o Japão opera com um dos menores níveis de juros do mundo, a sinalização de aperto contagiou as curvas globais de títulos, afetando também o Brasil.

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Por volta das 18h, as taxas dos Treasuries avançavam:

  • T-Note 2 anos: 3,532%
  • T-Note 10 anos: 4,090%
  • T-Bond 30 anos: 4,740%

No câmbio, o dólar à vista encerrou a segunda-feira (1º) com alta de 0,46%, cotado a R$ 5,53593, um dos piores desempenhos entre moedas emergentes na sessão.

A economista-chefe e fundadora da BuysideBrazil, Andrea Damico, destacou que a forte alta do dólar durante a tarde acabou puxando os DIs. “Tivemos performance relativa pior que os pares, pensando na moeda”, afirmou. Ela ponderou, porém, que considerando a escalada dos Treasuries, os juros futuros brasileiros não tiveram comportamento tão negativo. “O externo acabou pegando mais no câmbio”, disse.

Como pano de fundo doméstico adicional, Andrea cita o atrito entre Executivo e Legislativo, após o presidente Lula indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), além das pautas que o governo precisa avançar no Congresso até o fim do ano.

Na parte discursiva, Galípolo participou de evento da XP Investimentos no fim da manhã e voltou a defender cautela. O presidente do BC afirmou que sinais mistos na economia reforçam a importância de a autoridade manter uma postura “humilde e conservadora”. “Na dúvida, o papel do Banco Central é ser um pouco mais conservador, e eu acho que é isso que a gente vem fazendo”, afirmou.

Ele reiterou que o mercado de trabalho continua aquecido e que as expectativas inflacionárias melhoraram, mas permanecem acima do nível desejado pelo BC. Sobre a condução futura da política monetária, Galípolo afirmou que o mercado busca uma palavra que ofereça direcionamento, mas que o Copom não vê necessidade de tal sinalização.

No campo dos indicadores, o Boletim Focus teve efeito neutro sobre a curva nesta segunda-feira (1º). As projeções para a alta do IPCA em 2027 e 2028 permaneceram há quatro semanas em 3,80% e 3,50%, respectivamente. A mediana para 2025 caiu de 4,45% para 4,43%, e para 2026 houve queda de 0,01 ponto, para 4,17%.

Para a Selic, a única alteração foi na estimativa para o fim de 2028, que passou de 9,75% para 9,50%, a segunda redução consecutiva.

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