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No TikTok, o negócio lucrativo das notícias falsas; saiba como criadores faturam
Publicado 14/12/2025 • 08:40 | Atualizado há 15 horas
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Aumento geral “de 220 euros” (R$ 1,3 mil), “taxa sobre saques em dinheiro”: as notícias falsas se multiplicam no TikTok, espalhadas por uma miríade de contas de notícias falsas. A recompensa: milhões de visualizações e rendimentos por vezes significativos para seus criadores, muitas vezes sem escrúpulos.
Entre casos inventados e anúncios chocantes que afetam o bolso, esses vídeos, que misturam imagens ilustrativas e narração gerada por IA, provocam comentários indignados ou entusiasmados. E nas redes sociais, comentários, compartilhamentos e reações significam engajamento e, consequentemente, remuneração, mesmo que isso alimente o caos informativo. Como relata Victor (nome fictício), de 29 anos, que começou no TikTok há um ano e meio, após perder o emprego.
“Eu precisava dar a volta por cima. Então, procurei vários nichos para ganhar dinheiro”, conta este morador da região de Marselha (França), ativo em “duas ou três contas”, às quais dedica cerca de seis horas por dia.
Ele afirma ganhar entre 1.500 (R$ 9,5 mil) e 4.500 euros (R$ 28,5 mil) brutos por mês contando “histórias malucas” que geram “audiência”, com preferência por “casos policiais e o insólito”, particularmente virais porque “falam com todo mundo”.
Para Océane Herrero, jornalista e autora do livro “Le système TikTok” (O sistema TikTok, editora du Rocher), esses formatos de vídeo pensados para gerar “uma reação emocional”, especialmente quando tratam do custo de vida, fazem parte de uma “industrialização das notícias falsas”.
Sucesso garantido para falsos casos policiais com muitos pontos de exclamação e emojis horrorizados (rumores de sequestros, animais selvagens soltos…), mas também para um suposto toque de recolher para menores após as 23 horas ou uma multa de 35 euros (R$ 221,9) para motoristas que ouvem música.
Embora Victor publique também notícias verdadeiras para evitar que suas contas sejam banidas pela plataforma, ele não aborda temas ligados ao Oriente Médio ou à África, regiões não elegíveis para o programa de monetização do TikTok.
Para contornar essa restrição a partir de Dakar, Eric (nome fictício), de 28 anos, publica seus vídeos na conta de um amigo que mora na França. Seus rendimentos permitiram financiar uma cirurgia de cerca de 1.500 euros após um acidente, conta ele à AFP.
Esses vídeos seduzem centenas de milhares de internautas, como Benjamin e Will — entrevistados pela AFP, mas sem revelar seus sobrenomes: eles “confiam na mídia independente” em vez da mídia tradicional, a qual acusam de “lavagem cerebral”.
O atrativo da monetização
É difícil quantificar o fenômeno, mas a palavra “actualité” (notícias/atualidade) faz aparecer no TikTok uma multidão de contas (“notícias do dia”, “notícias França”). Frequentemente, um único criador gerencia várias delas.
“Faço tudo isso pela monetização”, afirma Maxime (nome fictício), de 19 anos, que deseja pagar um curso de ferramentas de IA para criação de filmes.
Graças ao sucesso de alguns de seus vídeos, como um deepfake da líder italiana Giorgia Meloni em meados de novembro, sua conta tornou-se elegível para remuneração e lhe rendeu 60 euros (R$ 380,4) . Um “primeiro grande cachê” que ele comemora, embora se diga “muito constrangido” pelo fato de os internautas acreditarem naquilo. O TikTok excluiu sua conta desde então.
Esses conteúdos violam as condições do sistema de monetização da plataforma, o “Creator Rewards Program”, aberto a contas com mais de 10.000 seguidores, que acumulem 100.000 visualizações nos últimos 30 dias e publiquem vídeos com mais de um minuto.
“O aspecto enganoso e a busca por engajamento dessas contas enquadram-se em usos que o TikTok supostamente desencoraja”, confirma Océane Herrero, lembrando que a rede pode sancioná-las caso considere que causaram um “prejuízo” significativo.
Contatada pela AFP, a plataforma garante agir “contra a desinformação”, seja ela “intencional” ou não.
Essas contas contribuem “para a perda de confiança no sistema político”, porque “mencionam medidas fictícias, que causam confusão (…) passando uma impressão de arbitrariedade”, conclui a especialista.
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