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Crise nos Correios: diretoria apresentará prioridades de seu plano de reestruturação na segunda-feira (29)
Publicado 26/12/2025 • 20:19 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 26/12/2025 • 20:19 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
A Diretoria Executiva dos Correios vai apresentar, na segunda-feira (29), as medidas prioritárias do Plano de Reestruturação da empresa. O anúncio acontecerá a partir das 11 horas, durante entrevista coletiva à imprensa, e terá também a presença do presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, acompanhado dos diretores da estatal.
Durante o pronunciamento, serão detalhadas as medidas prioritárias do Plano de Reestruturação 2025-2027, que tem como objetivo garantir a sustentabilidade financeira, modernizar a operação e ampliar a competitividade da empresa. Entre as ações iniciadas no último trimestre, destaca-se a conclusão da operação de crédito de R$ 12 bilhões, considerada decisiva para a estabilização das finanças dos Correios.
A Diretoria Executiva também apresentará o resultado dos estudos, conduzidos desde setembro deste ano, sobre a venda de imóveis ociosos, a reabertura do Programa de Demissão Voluntária (PDV), o reequilíbrio do plano de saúde e a renegociação de passivos judiciais.
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Nos bastidores, o governo federal trata a situação dos Correios como prioritária. A estratégia em discussão envolve quatro eixos principais:
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou recentemente que qualquer investimento público na estatal não será usado para postergar a crise, mas para resolver o problema estrutural e tornar a empresa financeiramente saudável e sustentável no longo prazo.
A situação dos Correios é descrita por técnicos do governo como resultado de uma “tempestade perfeita”, que combina mudanças tecnológicas, concorrência agressiva e entraves trabalhistas.
Com a digitalização, o tradicional mercado de cartas e correspondências, no qual a estatal tinha monopólio, praticamente desapareceu. A empresa passou a depender das encomendas do e-commerce, segmento em que concorre diretamente com gigantes globais e logtechs altamente eficientes.
Nesse ambiente, os Correios perderam market share, transportam menos volumes e enfrentam reclamações recorrentes sobre atrasos, enquanto concorrentes privados oferecem entregas no mesmo dia ou no dia seguinte.
Diferentemente de empresas privadas, a estatal carrega uma estrutura de custos elevada, com folha de pagamento ampla, passivos previdenciários e despesas relevantes com benefícios, especialmente o plano de saúde dos funcionários.
A crise financeira ocorre em paralelo a um conflito trabalhista. Sindicatos deflagraram greves em diversas regiões, tendo como ponto simbólico de ruptura o vale-peru, um abono anual de R$ 2.500.
Enquanto os trabalhadores tratam o benefício como um direito adquirido, a gestão considera o gasto insustentável diante de prejuízos bilionários. O Tribunal Superior do Trabalho tenta mediar um acordo que prevê reajuste salarial de 5,13%, equivalente à inflação, mas a manutenção de benefícios extras segue como principal entrave.
A gravidade da situação ficou evidente em negociações anteriores. Um consórcio de bancos liderado por Citibank e BTG Pactual chegou a oferecer R$ 20 bilhões em crédito, com custo de 136% do CDI.
A operação foi barrada pelo Tesouro Nacional, que considerou os juros excessivos para receber aval da União. A proposta atual, com custo estimado em 115% do CDI, é vista como uma última tentativa de equilibrar acesso ao mercado e capacidade de pagamento da estatal.
Enquanto a coletiva segue sem nova data, o adiamento reforça a percepção de que os Correios vivem um dos momentos mais delicados de sua história, em que decisões políticas, fiscais e trabalhistas precisarão convergir para evitar um colapso operacional da estatal.
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