CNBC
Mercado de trabalho aquecido pressiona inflação, diz economista.

CNBC15 empregos bem pagos nos EUA que não exigem diploma universitário

Empresas & Negócios

A corrida das gigantes da aviação para entregar aeronaves antes do ano acabar; entenda

Publicado 28/12/2025 • 09:11 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Essa mobilização estratégica tem como propósito não apenas o cumprimento das metas quantitativas estabelecidas, mas também a mitigação dos volumosos estoques de pedidos acumulados e a preservação do nível de satisfação das companhias aéreas.
  • Em 19 de dezembro, a Airbus realizou o fornecimento de dez unidades do modelo A321 no intervalo de apenas um dia.
  • A Boeing encerrou o mês de novembro com o fornecimento de 44 aeronaves para diversas operadoras globais, apresentando uma queda em relação ao patamar de 53 unidades que havia sido atingido em outubro.

Wikimedia Commons

Com a proximidade do encerramento do calendário anual, as principais fabricantes do setor aeroespacial, Airbus e Boeing, imprimem um ritmo mais intenso ao fornecimento de novas aeronaves às operadoras, em um esforço para atingir os objetivos de entrega estipulados para o exercício de 2025.

Essa mobilização estratégica tem como propósito não apenas o cumprimento das metas quantitativas estabelecidas, mas também a mitigação dos volumosos estoques de pedidos acumulados e a preservação do nível de satisfação das companhias aéreas. Adicionalmente, a aceleração nas remessas serve como um indicativo de que o fluxo produtivo deve caminhar para uma estabilização, projetando uma redução nos gargalos e atrasos de fabricação a partir do ano de 2026.

Soma-se a isso um componente financeiro determinante de ordem contábil, uma vez que a concretização da entrega é o requisito necessário para que as fabricantes possam realizar o reconhecimento oficial das receitas em seus demonstrativos de resultados.

Um episódio que ilustra de forma emblemática essa aceleração produtiva foi registrado no dia 19 de dezembro, ocasião em que a Airbus realizou o fornecimento de dez unidades do modelo A321 no intervalo de apenas um dia. As aeronaves foram despachadas a partir de seus centros de fabricação situados em Toulouse, na França; Hamburg-Finkenwerder, na Alemanha; e Tianjin, na China.

O rol de operadoras receptoras desses equipamentos abrangeu companhias como Wizz Air, China Airlines, Scoot, Wizz Air Malta, AirAsia, IndiGo e Air China, com rotas de entrega que se estenderam desde Budapeste e Roma até Singapura e Pequim. Adicionalmente, o movimento de reforço operacional alcançou a Latam, que também incorporou novas aeronaves à sua frota ao longo das últimas semanas.

Ainda que os complexos industriais da Airbus, incluindo a unidade de Mobile, no Alabama, voltada à finalização do modelo A220, tenham como meta a manutenção de uma média mensal situada entre 65 e 70 entregas durante o ano de 2025, o volume de dez aeronaves de um mesmo modelo disponibilizadas em um único dia configura um feito de grande relevância técnica e logística.

Este processo de reposição de ativos garantirá às transportadoras aéreas a capacidade de expandir suas malhas de voos, intensificar a frequência de operações ou viabilizar a substituição de equipamentos mais antigos e que possuem menores índices de eficiência operacional.

Embora o planejamento inicial da Airbus para o ano de 2025 previsse o fornecimento de 820 aviões, desafios relacionados à qualidade e gargalos na cadeia de suprimentos forçaram a companhia a readequar esse objetivo para 790 unidades. Até o fechamento do mês de novembro, o volume acumulado de entregas somava 657 aeronaves — com 72 unidades despachadas apenas naquele mês —, montante que ainda se mantinha aquém da meta estabelecida para o exercício. Entretanto, com a intensificação do fluxo de remessas observada em dezembro, a projeção é que o balanço final do ano se situe entre 770 e 780 aviões, patamar que ficaria ligeiramente abaixo do objetivo revisado pela fabricante.

Leia mais:

Airbus admite que pode ser superada pela rival Boeing em novos pedidos neste ano

A Boeing encerrou o mês de novembro com o fornecimento de 44 aeronaves para diversas operadoras globais, apresentando uma queda em relação ao patamar de 53 unidades que havia sido atingido em outubro. Entre as empresas que integraram a lista de clientes nesse período e receberam novos equipamentos estão a Southwest, American Airlines, Alaska Airlines, United, TAAG Angola Airlines, Turkish Airlines e Aerotranscargo. O lote total entregue pela fabricante norte-americana foi composto especificamente por 32 aviões do modelo 737 MAX, seis exemplares do 787, quatro unidades do 767 e dois cargueiros da linha 777.

Caso obtenha êxito em imprimir um ritmo mais acelerado às suas operações durante o mês de dezembro, a Boeing planeja atingir um balanço final de ano entre 590 e 610 aeronaves entregues. O cumprimento dessa projeção ocorre após a fabricante ter contabilizado aproximadamente 540 unidades enviadas aos clientes até o encerramento de novembro, mesmo enfrentando um cenário produtivo marcado por desafios significativos.

Entre os principais entraves operacionais enfrentados pela companhia figuram as limitações regulatórias impostas pela Administração Federal de Aviação (FAA) especificamente à fabricação do modelo 737 MAX.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Empresas & Negócios

;