Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Exército brasileiro vai investir em sistema de defesa antiaérea para interceptação de drones e mísseis de cruzeiro
Publicado 28/12/2025 • 19:01 | Atualizado há 3 horas
Publicado 28/12/2025 • 19:01 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Mísseis disparados do Irã são vistos no céu noturno sobre Jerusalém, em 14 de junho de 2025.
Menahem Kahana/AFP
Após a entrada em vigor da lei complementar que permite excluir até R$ 30 bilhões do arcabouço fiscal para investimentos em defesa, o Exército Brasileiro projeta ampliar de forma significativa os recursos destinados à modernização da força. A medida impulsiona uma reorganização da carteira de projetos estratégicos e abre espaço para a aceleração de programas considerados prioritários.
A expectativa é elevar os aportes anuais no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O orçamento, que vinha oscilando entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão por ano, deve alcançar cerca de R$ 3 bilhões anuais no período de 2026 a 2031. Para a cúpula da força terrestre, o ciclo de seis anos representa uma “janela de oportunidade” para reduzir atrasos históricos.
Um dos principais focos é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), voltado ao combate ao narcotráfico e ao contrabando. Das nove fases previstas, apenas duas foram efetivamente implementadas até agora, em Dourados (MS) e na fronteira amazônica. Inicialmente previsto para 2021, o sistema teve seu cronograma sucessivamente adiado e, diante das restrições orçamentárias, a estimativa atual aponta operação plena apenas em 2039.
O Sisfron integra radares, sensores térmicos e ópticos, aeronaves remotamente pilotadas, sensores eletromagnéticos, simuladores e recursos de segurança cibernética, gerando fluxo contínuo de dados. Com a ampliação de recursos, o Exército pretende viabilizar mais três etapas do projeto em áreas de fronteira, incluindo regiões sob responsabilidade de brigadas em
A modernização da frota blindada também deve avançar. Após a incorporação de dois protótipos neste ano, o Exército prevê receber 96 unidades do Centauro II-BR até 2033.
O contrato com o consórcio Iveco-OTO Melara, estimado em R$ 5 bilhões, deve ser assinado entre fevereiro e maio e inclui, além dos veículos, compensações tecnológicas e serviços de logística integrada.
Equipados com canhões de 120 milímetros, tração 8×8 e potência de 720 cavalos, os blindados contam com proteção contra minas, explosivos improvisados e munições cinéticas de alta pressão.
Segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, 12 unidades serão posicionadas em Roraima, nas proximidades da fronteira com a Venezuela.
Paralelamente, o Exército promove uma reorganização ampla de seus programas estratégicos, com fusões e reclassificações. Uma das principais mudanças envolve o projeto Astros, voltado ao emprego de foguetes de artilharia de longo alcance e alta precisão.
O programa perdeu ritmo nos últimos anos em função da situação da Avibras, empresa responsável por parte do desenvolvimento tecnológico e que enfrenta recuperação judicial.
Apesar das dificuldades, o Astros será ampliado e rebatizado como programa Fogos. A nova estrutura reunirá, sob um mesmo guarda-chuva, o sistema original, a artilharia de campanha e uma nova camada de defesa antiaérea.
Está prevista para 2026 a contratação de um sistema de defesa antiaérea de até R$ 3,4 bilhões, com tecnologia inédita na América Latina para interceptação de drones e mísseis de cruzeiro.
Saiba mais:
Outros programas também passarão por ajustes. O Lucerna, voltado à inteligência militar, e o OCOP, de obtenção de capacidade operacional plena, deixarão de ser classificados como estratégicos e passarão à categoria setorial.
Segundo fontes do Exército, a mudança não representa rebaixamento, mas uma diferenciação entre projetos voltados à incorporação de novas capacidades e aqueles focados em modernizações correntes.
Como efeito prático, os programas setoriais deixam de integrar o PAC e passam a depender do orçamento discricionário da própria força. Já os programas Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria serão unificados, reunindo iniciativas de infraestrutura militar na região amazônica e em outras áreas do país.
A Defesa Cibernética também será expandida, incorporando projetos ligados à inteligência artificial. O programa de Aviação do Exército, que inclui a aquisição de 12 helicópteros Black Hawk, permanece inalterado.
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
1
R$ 41 bilhões parados: clientes do Banco Master só devem receber do FGC em 2026
2
Mega da Virada 2025: quanto custa a aposta simples?
3
Barulho nas redes, alta na bolsa: dona da Havaianas apaga perdas e sobe milhões
4
Mega da Virada: veja todos os números sorteados desde a primeira edição
5
Caso Havaianas: “Silêncio estratégico é melhor do que barulho”