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Exército brasileiro vai investir em sistema de defesa antiaérea para interceptação de drones e mísseis de cruzeiro

Publicado 28/12/2025 • 19:01 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • O Exército dobrará o investimento anual para 3 bilhões de reais entre 2026 e 2031, aproveitando a exclusão de 30 bilhões do teto de gastos para a defesa.
  • A prioridade será o Sisfron, que terá três novas etapas em estados como Roraima e Paraná, além da compra de 96 blindados Centauro II por 5 bilhões de reais.
  • Em 2026, será contratado um sistema inédito de defesa antiaérea de 3,4 bilhões de reais para interceptar mísseis e drones, enquanto o projeto Astros será reestruturado como programa Fogos.
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Mísseis disparados do Irã são vistos no céu noturno sobre Jerusalém, em 14 de junho de 2025.

Menahem Kahana/AFP

Após a entrada em vigor da lei complementar que permite excluir até R$ 30 bilhões do arcabouço fiscal para investimentos em defesa, o Exército Brasileiro projeta ampliar de forma significativa os recursos destinados à modernização da força. A medida impulsiona uma reorganização da carteira de projetos estratégicos e abre espaço para a aceleração de programas considerados prioritários.

A expectativa é elevar os aportes anuais no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O orçamento, que vinha oscilando entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão por ano, deve alcançar cerca de R$ 3 bilhões anuais no período de 2026 a 2031. Para a cúpula da força terrestre, o ciclo de seis anos representa uma “janela de oportunidade” para reduzir atrasos históricos.

Um dos principais focos é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), voltado ao combate ao narcotráfico e ao contrabando. Das nove fases previstas, apenas duas foram efetivamente implementadas até agora, em Dourados (MS) e na fronteira amazônica. Inicialmente previsto para 2021, o sistema teve seu cronograma sucessivamente adiado e, diante das restrições orçamentárias, a estimativa atual aponta operação plena apenas em 2039.

O Sisfron integra radares, sensores térmicos e ópticos, aeronaves remotamente pilotadas, sensores eletromagnéticos, simuladores e recursos de segurança cibernética, gerando fluxo contínuo de dados. Com a ampliação de recursos, o Exército pretende viabilizar mais três etapas do projeto em áreas de fronteira, incluindo regiões sob responsabilidade de brigadas em

  • Roraima;
  • Mato Grosso;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Paraná e
  • Santa Catarina.

A modernização da frota blindada também deve avançar. Após a incorporação de dois protótipos neste ano, o Exército prevê receber 96 unidades do Centauro II-BR até 2033.

O contrato com o consórcio Iveco-OTO Melara, estimado em R$ 5 bilhões, deve ser assinado entre fevereiro e maio e inclui, além dos veículos, compensações tecnológicas e serviços de logística integrada.

Equipados com canhões de 120 milímetros, tração 8×8 e potência de 720 cavalos, os blindados contam com proteção contra minas, explosivos improvisados e munições cinéticas de alta pressão.

Segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, 12 unidades serão posicionadas em Roraima, nas proximidades da fronteira com a Venezuela.

Paralelamente, o Exército promove uma reorganização ampla de seus programas estratégicos, com fusões e reclassificações. Uma das principais mudanças envolve o projeto Astros, voltado ao emprego de foguetes de artilharia de longo alcance e alta precisão.

O programa perdeu ritmo nos últimos anos em função da situação da Avibras, empresa responsável por parte do desenvolvimento tecnológico e que enfrenta recuperação judicial.

Apesar das dificuldades, o Astros será ampliado e rebatizado como programa Fogos. A nova estrutura reunirá, sob um mesmo guarda-chuva, o sistema original, a artilharia de campanha e uma nova camada de defesa antiaérea.

Está prevista para 2026 a contratação de um sistema de defesa antiaérea de até R$ 3,4 bilhões, com tecnologia inédita na América Latina para interceptação de drones e mísseis de cruzeiro.

Saiba mais:

Outros programas também passarão por ajustes. O Lucerna, voltado à inteligência militar, e o OCOP, de obtenção de capacidade operacional plena, deixarão de ser classificados como estratégicos e passarão à categoria setorial.

Segundo fontes do Exército, a mudança não representa rebaixamento, mas uma diferenciação entre projetos voltados à incorporação de novas capacidades e aqueles focados em modernizações correntes.

Como efeito prático, os programas setoriais deixam de integrar o PAC e passam a depender do orçamento discricionário da própria força. Já os programas Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria serão unificados, reunindo iniciativas de infraestrutura militar na região amazônica e em outras áreas do país.

A Defesa Cibernética também será expandida, incorporando projetos ligados à inteligência artificial. O programa de Aviação do Exército, que inclui a aquisição de 12 helicópteros Black Hawk, permanece inalterado.

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