Starbucks fecha 500 unidades na América do Norte em 2025; saiba mais sobre a crise das fast foods nos EUA

Enquanto nos Estados Unidos o setor de restaurantes enfrentou mais um ano difícil, muitas redes optaram por fechar unidades com baixo desempenho enquanto tentam reverter seus negócios.

Consumidores americanos cansados da inflação reduziram seus gastos com restaurantes, optando por comer em casa ou buscar promoções quando saem para comer. Embora alguns restaurantes tenham conseguido conquistar clientes relutantes, o setor todo teve dificuldades com a queda nas vendas. O tráfego em restaurantes abertos há pelo menos um ano caiu todos os meses de 2025, exceto julho, segundo a Black Box Intelligence.

Em anos anteriores, os fechamentos de restaurantes estadunidenses estavam mais concentrados em redes de casual dining, que perderam clientes para concorrentes de fast-casual, como a Chipotle. Mas neste ano, redes de todo o setor anunciaram planos para fechar pelo menos centenas de unidades.

Em um ambiente tão difícil, algumas empresas do setor chegaram a entrar com pedidos de proteção contra falência. Hooters, Pinstripes e On the Border foram alguns dos nomes mais notáveis que recorreram à Justiça neste ano.

A seguir, as redes que anunciaram fechamentos em 2025:

Starbucks

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Em setembro, a gigante do café anunciou um plano de reestruturação de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) que incluía o fechamento de aproximadamente 500 unidades na América do Norte. Os fechamentos chegaram a incluir o encerramento do sofisticado café Reserve Roastery em Seattle, cidade natal da empresa.

O anúncio ocorreu após o primeiro ano de Brian Niccol como CEO da companhia. Sob sua liderança, a Starbucks tenta reverter a queda nas vendas nos EUA, seu maior mercado.

Executivos planejam compartilhar mais detalhes sobre a reestruturação no próximo dia do investidor, no fim de janeiro, em Nova York.

Outback Steakhouse

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Em outubro, a Bloomin’ Brands fechou 21 restaurantes em toda a empresa. Os fechamentos afetaram o Outback Steakhouse, principal marca do grupo, além do Bonefish Grill e do Carrabba’s Italian Grill.

A Bloomin’ identificou quase duas dúzias de outros restaurantes que não renovarão seus contratos de aluguel nos próximos quatro anos, segundo executivos em novembro, durante a divulgação de resultados trimestrais. Ao mesmo tempo, a empresa anunciou um plano de recuperação de US$ 75 milhões (R$ 412 milhões) para melhorar as vendas e a saúde financeira da companhia.

Wendy’s

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Em novembro, a Wendy’s anunciou que passaria por uma revisão estratégica de seu portfólio de restaurantes e começaria a fechar unidades com baixo desempenho naquele trimestre. Embora a empresa não tenha divulgado um número específico, o CEO interino e CFO Ken Cook disse a analistas que a empresa poderia fechar um “percentual médio de um dígito” de seus restaurantes nos EUA, o que significaria centenas de unidades.

Os fechamentos fazem parte do plano de recuperação “Project Fresh” da Wendy’s. A empresa registrou quedas nas vendas em mesmas lojas, enquanto rivais como McDonald’s e Burger King viram maior demanda por Big Macs e Whoppers.

Em 2024, a Wendy’s fechou cerca de 140 unidades.

Denny’s

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Em fevereiro, a Denny’s informou que planejava fechar entre 70 e 90 restaurantes em 2025. Nos últimos meses, as vendas da rede de diners caíram à medida que clientes passaram a preferir restaurantes de fast-food mais baratos no café da manhã. Essa mudança levou a empresa a fechar unidades com baixo desempenho e tentar melhorar o restante de sua rede.

Em novembro, a empresa anunciou que havia sido vendida por US$ 620 milhões (R$ 3,40 bilhões) para a Yadav Enterprises, TriArtisan Capital Advisors e Treville Capital Group. O negócio deve ser concluído no primeiro trimestre de 2026, sujeito à aprovação regulatória.

Jack in the Box

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Em abril, a Jack in the Box informou que fecharia entre 150 e 200 restaurantes como parte de sua estratégia “Jack on Track” para melhorar o desempenho financeiro. Até o fim de seu ano fiscal de 2025, em 28 de setembro, a rede já havia fechado permanentemente 86 unidades.

Bahama Breeze

Em maio, a controladora Darden Restaurants fechou 15 unidades da Bahama Breeze, o que representa cerca de um terço da rede.

Após os fechamentos, executivos decidiram que a marca de inspiração caribenha não era uma prioridade estratégica para a Darden. A empresa agora avalia alternativas estratégicas, incluindo a venda da rede ou a conversão das unidades para outras marcas da Darden, como o Olive Garden. A decisão deve ser tomada até o fim do ano fiscal de 2026, que se encerra em maio.

Hardee’s

Dezenas de unidades da Hardee’s fecharão até o fim do ano após o franqueador processar a ARC Burger, uma de suas maiores franqueadas. A Hardee’s alega que a operadora deixou de pagar royalties, aluguel e impostos.

A ARC, controlada pela gestora de private equity High Bluff Capital Partners, operava 77 restaurantes Hardee’s antes do início da disputa judicial. Suas unidades estavam distribuídas por oito estados americanos, incluindo Alabama, Flórida, Geórgia, Illinois, Missouri, Montana, Carolina do Sul e Wyoming.

Papa John’s

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Nos três primeiros trimestres de 2025, a Papa John’s fechou 173 restaurantes no mundo, segundo documentos da empresa. A maioria dos fechamentos ocorreu fora dos EUA, embora 62 unidades americanas também tenham sido encerradas.

Apesar disso, a Papa John’s ainda operava quase 6.000 restaurantes no fim de setembro.

Noodles & Co.

No fim de outubro, a Noodles & Co. havia fechado 29 restaurantes próprios neste ano, e executivos disseram que pretendiam fechar mais duas a cinco unidades até o fim de 2025.

Em 2024, a rede fechou 20 unidades.

Até o fim de 2026, a Noodles & Co. planeja fechar mais 12 a 17 lojas, como parte de seus esforços para melhorar o desempenho financeiro e aumentar as vendas nas unidades restantes.