FDA aprova novo analgésico para dor aguda nos EUA; veja como ele funciona
Publicado 31/01/2025 • 08:34 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 31/01/2025 • 08:34 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Divulgação/Vertex Farmacêutica
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou na quinta-feira (30) um novo tipo de analgésico não opioide para o tratamento de dores agudas moderadas a intensas em adultos.
Desenvolvido pela farmacêutica Vertex Pharmaceuticals, o medicamento, chamado Journavx (suzetrigina), tem potencial para reduzir a prescrição de opioides — substâncias conhecidas pelo alto risco de dependência.
Médicos e pesquisadores veem a aprovação como um avanço no tratamento da dor. No entanto, de acordo com informações da NBC News, alguns especialistas alertam que ainda são necessários mais estudos para avaliar a eficácia e a segurança do medicamento no longo prazo.
Diferente dos opioides tradicionais, que bloqueiam os sinais de dor no cérebro e ativam o sistema de recompensa — o que pode levar ao vício —, o suzetrigina atua diretamente no local da dor. Ele é um bloqueador seletivo do canal de sódio NaV1.8, estrutura presente em nervos responsáveis pela transmissão da dor ao cérebro.
Isso significa que, ao contrário de anestésicos locais como a lidocaína, que bloqueiam todos os canais de sódio na região aplicada, o suzetrigina age apenas nesse canal específico, impedindo a propagação do estímulo doloroso sem causar dormência generalizada.
“Essa é a primeira vez que temos um medicamento direcionado exclusivamente a um canal de sódio envolvido na dor”, explicou Richard Rosenquist, presidente do departamento de manejo da dor do Instituto Neurológico da Cleveland Clinic, à NBC. Segundo ele, o novo remédio não causa euforia nem dependência, um dos principais problemas dos opioides.
Em estudos de fase 3, a eficácia do suzetrigina foi avaliada em pacientes que passaram por cirurgias dolorosas, como abdominoplastia e correção de joanete. Eles foram divididos em três grupos: um recebeu o novo medicamento a cada 12 horas; outro tomou hidrocodona (um opioide) com paracetamol a cada seis horas; e o terceiro recebeu placebo.
Os resultados mostraram que o suzetrigina reduziu a dor em 50% após 48 horas, desempenho semelhante ao do opioide testado. Além disso, os efeitos colaterais foram menos frequentes em comparação com o grupo que tomou hidrocodona. Os principais efeitos adversos relatados foram dor de cabeça, náusea e constipação.
No entanto, especialistas apontam algumas limitações no estudo. A dose de hidrocodona usada nos testes foi menor do que a normalmente prescrita, o que pode ter influenciado os resultados. Além disso, alguns pacientes precisaram complementar o tratamento com ibuprofeno, e a quantidade exata de uso dessa “medicação de resgate” não foi detalhada.
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