A fabricante de brinquedos Mattel está considerando aumentar os preços em resposta às novas tarifas do presidente Donald Trump sobre a China e as potenciais taxas sobre o México e o Canadá.
A gigante dos brinquedos, responsável por marcas populares como Barbie e Hot Wheels, obtém cerca de 40% de seus produtos da China, que foi atingida com uma nova tarifa de 10%. A empresa está buscando alternativas na sua cadeia de suprimentos para evitar repassar todo o custo aos consumidores.
“Certamente contra a tarifa, temos uma variedade de ações de mitigação”, disse o diretor financeiro Anthony DiSilvestro, durante a teleconferência de resultados do quarto trimestre fiscal da empresa.
Ele afirmou que essas ações incluem aproveitar as cadeias de suprimentos da Mattel e “possíveis aumentos de preços”. “Trabalhamos de perto com nossos parceiros de varejo para alcançar o equilíbrio certo e sempre mantemos os consumidores em mente ao considerar ações de precificação”, acrescentou.
Impacto econômico e estratégias de mitigação
Os comentários surgem após Trump impor uma tarifa de 10% sobre produtos chineses esta semana. Ele também adiou tarifas planejadas de 25% sobre importações do México e do Canadá por 30 dias.
Economistas de ambos os lados concordam que essas taxas provavelmente levarão a aumentos de preços para os consumidores. Não há garantia de que Trump imporá as tarifas sobre México e Canadá, pois ele frequentemente usa a ameaça de taxas como uma tática de negociação para pressionar governos estrangeiros.
Reações internacionais e perspectivas futuras
Pouco depois de Trump anunciar a tarifa de 25% sobre bens do Canadá e do México, ambos os países anunciaram que reforçariam a segurança em suas respectivas fronteiras, levando Trump a suspender as taxas.
As duas nações já estavam aprimorando a segurança nas fronteiras antes da ameaça de Trump. China e EUA ainda não chegaram a um acordo semelhante para evitar as tarifas. Se a taxa de 10% permanecer em vigor, terá um impacto significativo na indústria de brinquedos, que obtém cerca de 80% de seus produtos da região.
Embora empresas como a Mattel tenham dito publicamente que planejam usar suas cadeias de suprimentos e trabalhar com fornecedores para mitigar os efeitos das tarifas, executivos admitiram em particular que relutam em assumir os custos sozinhos e reduzir os lucros. Se não conseguirem repassar todo o custo das tarifas aos fornecedores, algumas planejam fazer com que os consumidores arquem com o restante por meio de aumentos de preços.
Flexibilidade da Mattel e cenário global
Algumas empresas com cadeias de suprimentos diversificadas, como a Mattel, que opera suas próprias fábricas e fábricas de terceiros em sete países diferentes, têm mais flexibilidade para mover a produção e contar com fornecedores para minimizar o impacto nos lucros.
Além disso, cerca de 40% dos negócios da empresa são realizados fora da América do Norte, onde as tarifas não estão sendo impostas da mesma forma que nos EUA.
Até 2027, a Mattel espera que o abastecimento do México e da China represente mais de 25% da produção global total, uma redução em relação aos cerca de 50% atuais. Atualmente, a empresa não obtém produtos do Canadá.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
