Faturamento do varejo cresce 4% em janeiro, mesmo com lojas mais vazias, aponta IPV
Publicado 17/02/2025 • 17:11 | Atualizado há 1 mês
Publicado 17/02/2025 • 17:11 | Atualizado há 1 mês
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O estoque da Dívida Pública Federal cresceu 1,8% em outubro, segundo o Tesouro Nacional.
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo.
O faturamento nacional do varejo físico cresceu 4% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2024. Mesmo com as lojas mais vazias, o ganho foi impulsionado principalmente pelo aumento no tíquete médio geral, que subiu 6,7% na mesma base de comparação. Os dados fazem parte da pesquisa Índice de Performance do Varejo (IPV), da HiPartners.
As lojas situadas em shoppings registraram alta de 5% no faturamento, com um tíquete médio 7,8% maior do que janeiro de 2024. Enquanto isso, as lojas de rua faturaram 3% mais, com um aumento anual de 6,4% do tíquete médio.
Por outro lado, o fluxo de visitação em shopping centers recuou 9% em relação ao primeiro mês do ano passado. Já nas lojas físicas, o movimento decresceu 3%, enquanto, especificamente as lojas de rua, tiveram um acréscimo de 3% no período.
O sócio da HiPartners, Eduardo Terra, pondera que a desaceleração do varejo em dezembro já sinalizou um 2025 mais desafiador, onde a sustentação do consumo dependerá da renda disponível, da manutenção do nível de emprego e do controle da inflação.
Segundo o executivo, o crescimento ao longo de 2024 foi impulsionado pelo nível recorde de desemprego, um aumento da renda e de outros elementos como o pagamento de precatórios. No entanto, a perda de fôlego no fim do ano indica que a demanda pode se tornar mais seletiva e difícil. “Para os próximos meses, o varejo deve enfrentar um cenário de maior racionalização de compras, com o consumidor priorizando itens essenciais e avaliando melhor suas decisões de crédito”, afirmou.
Segmentos de bens duráveis, que tiveram bom desempenho no final do ano, podem sentir um ajuste devido às altas taxas de juros, enquanto categorias mais sensíveis à renda devem seguir pressionadas.
“O desafio para o setor será equilibrar preços e margens em um ambiente econômico menos previsível”, disse Terra.
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