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Gene Hackman, ator vencedor do Oscar, e esposa são encontrados mortos em casa

Publicado 27/02/2025 • 08:20 | Atualizado há 1 mês

AFP

KEY POINTS

  • O ator americano Gene Hackman, vencedor do Oscar, e sua esposa, Betsy Arakawa, foram encontrados mortos em sua casa no Novo México, informaram veículos de imprensa nesta quinta-feira (27).
  • O xerife do condado de Santa Fé, Adan Mendoza, disse que o casal foi encontrado sem vida na tarde de quarta-feira e que, até o momento, não há indícios de crime.
  • A causa da morte não foi divulgada.

Créditos: Trish Overton via Wikimedia

O ator americano Gene Hackman, vencedor do Oscar, e sua esposa de longa data, Betsy Arakawa, foram encontrados mortos em sua casa no Novo México, informaram veículos de imprensa nesta quinta-feira (27).

O xerife do condado de Santa Fé, Adan Mendoza, disse que o casal foi encontrado sem vida na tarde de quarta-feira e que, até o momento, não há indícios de crime, segundo reportagens do Santa Fe New Mexican e da Sky News.

A causa da morte não foi divulgada.

Segundo as informações da mídia, o casal, que estava casado desde 1991, morreu com seu cachorro.

Hackman, que completou 95 anos no final do mês passado, chegou a ser considerado um fracasso em potencial na indústria do entretenimento, mas contrariou as expectativas e conquistou dois prêmios Oscar.

Arakawa era pianista clássica e tinha 63 anos.

O diretor de cinema Francis Ford Coppola lamentou a morte de Hackman nesta quinta-feira.

“A perda de um grande artista é sempre motivo de luto e celebração: Gene Hackman foi um ator brilhante, inspirador e magnífico em sua arte e complexidade”, escreveu Coppola em um post no Instagram.

“Lamento sua partida, mas celebro sua existência e contribuição.”

Hackman talvez seja mais lembrado por seu papel como o policial durão e desbocado de Nova York, Jimmy “Popeye” Doyle, no thriller policial Operação França (1971), que lhe rendeu o Oscar de melhor ator.

Duas décadas depois, ele conquistou outra estatueta dourada, desta vez como melhor ator coadjuvante, por interpretar o brutal xerife de uma pequena cidade, “Little Bill” Daggett, no faroeste Os Imperdoáveis (1992).

Ao longo de sua carreira, Hackman demonstrou talento e versatilidade, assumindo papéis intensos e entregando atuações inteligentes e reflexivas.

Uma estrela improvável

Nascido em Illinois durante a Grande Depressão, Hackman veio de uma família desestruturada. Seu pai o abandonou quando ele tinha 13 anos, acenando enigmaticamente enquanto ia embora de carro. Sua mãe faleceu anos depois em um incêndio.

Hackman usou essas turbulências pessoais para dar profundidade aos seus personagens.

Ele foi uma estrela improvável, começando a atuar relativamente tarde, após passar por diversos empregos, e só ganhando notoriedade na casa dos 30 anos.

Segundo uma lenda de Hollywood, após ingressar no Pasadena Playhouse, na Califórnia, no final dos anos 1950, ele e um colega de turma — um certo Dustin Hoffman — foram eleitos como os “menos propensos a ter sucesso”.

Após concluir os estudos, Hackman começou a trabalhar no teatro off-Broadway e logo chamou a atenção.

Sua primeira indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante veio com Bonnie e Clyde (1967).

Ao longo da carreira, acumulou dezenas de filmes, atuando até os 60 e 70 anos, embora tenha se mantido longe dos holofotes, dedicando-se à escrita e à pintura.

Já no século 21, estrelou O Último Golpe e Os Excêntricos Tenenbaums, ambos de 2001, sendo que este último lhe garantiu seu terceiro Globo de Ouro.

Em 2008, anunciou sua aposentadoria.

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