Setor privado ajuda países do G20 a enfrentar desafios, diz CNI
Publicado 13/11/2024 • 12:01 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 13/11/2024 • 12:01 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Imagem de uma sala de reunião do G20
Divulgação/G20
Há meses, um grupo de discussão formado por empresários e executivos trabalha para dar recomendações aos presidentes e líderes de países que se reúnem no encontro de cúpula do G20 nesta segunda-feira (19), no Rio de Janeiro.
O B20 (o B é de Business, negócios em inglês) é uma espécie de interface da iniciativa privada do G20. Como neste ano o Brasil vai sediar o encontro dos líderes de países do bloco, os trabalhos foram organizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e contaram com o apoio de diversas organizações e profissionais.
Ao todo, as recomendações do B20 são divididas em cinco princípios:
Constanza Negri, gerente de comércio e integração internacional da CNI, considera que esses são alguns dos grandes desafios mundiais enfrentados atualmente – sobretudo pelo Brasil – e que o setor privado tem uma função muito relevante nesse meio.
“Ele exerce, no âmbito do B20, um papel muito importante de trazer soluções do ponto de vista da agenda de políticas para assim, gerar respostas a esses grandes desafios que os países do G20 enfrentam hoje”, afirmou em entrevista à Times Brasil CNBC.
Outra recomendação do B20 é a inclusão de mulheres no comércio internacional. O tema, inclusive, foi pautado como prioridade pela primeira vez na história da cúpula.
Constanza afirma que desde o início deste ano, o G20 tinha como intuito elaborar um levantamento de boas práticas que fomentem a participação das mulheres no comércio e que tiveram sucesso. No entanto, o grupo precisava entender quais são os principais gargalos e o que impede as mulheres de participar mais dos fluxos de comércio.
“O B20 fez uma consulta a mais de mil mulheres que participam do setor privado dos países do G20 para dar um pouco desse norte de onde estão esses principais desafios, e o governo elaborou o relatório deles de boas práticas com base nisso”, diz.
A gerente de comércio e integração internacional da CNI destacou ainda que, em edições anteriores do G20, já existia um conselho sobre mulheres, mas com um olhar menos aprofundado da temática. Para os próximos anos, ela espera que haja avanços no tema.
“Para isso, o nosso esforço está concentrado em fazer uma boa transição com os colegas da África do Sul, que depois terão essa liderança, para que eles também possam ir coordenando esse trabalho. Nós continuaremos participando para monitorar o andamento desses pontos”, acrescenta Constanza.
Considerado um dos principais orientadores do documento apresentado pelos empresários, a promoção do crescimento inclusivo e o combate à fome, a pobreza e as desigualdades é respaldada por dados preocupantes.
Segundo um trecho do documento do B20, “até 2030, espera-se que quase 600 milhões de pessoas estejam cronicamente subnutridas sendo que as mulheres e os moradores de áreas rurais são desproporcionalmente afetados pela insegurança alimentar”.
Sobre essa questão, Constanza, do CNI, explicou que o B20 procura observar como os países podem aumentar a sua agenda econômica, sem deixar de lado o desenvolvimento e o avanço social.
Ela acrescenta que outras recomendações de políticas trazidas pelo grupo acabaram contribuindo para essa agenda de combate à fome e pobreza, sendo algumas de maneira mais direta e outras, de maneira mais indireta.
Para Constanza, a figura do Brasil como anfitrião do G20 é uma oportunidade única de enriquecer e trazer mais soluções ao objetivo central, que é o crescimento econômico sustentável e inclusivo que o país precisa e procura.
“Essa é a primeira de uma série de oportunidades nas quais o Brasil terá a possibilidade de exercer sua liderança”, destacou, fazendo referência ao mandato do país à presidência rotativa dos Brics a partir de janeiro de 2025, além da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que também será sediada no Brasil em novembro do próximo ano.
Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes, integram o G20 a União Europeia e a União Africana. O fórum agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
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