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Mulheres expandem presença nas franquias em busca de equilíbrio pessoal e independência financeira

Publicado 11/03/2025 • 10:00 | Atualizado há 2 horas

Naty Falla, do Times Brasil

KEY POINTS

  • A presença feminina no setor de franquias tem crescido nos últimos anos.
  • Cristina Franco, presidente do conselho da ABF, destaca que o franchising se torna um caminho benéfico para as mulheres que buscam equilibrar responsabilidades familiares, empresariais e profissionais.
  • O Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC conta a história de mulheres que estão investindo e se destacando com as franquias.

Andrea Kohlrausch, presidente da Calçados Bibi; Caroline Rembowski, franqueada da 5àsec; Sueli Souza, multifranqueada da Água Doce Sabores do Brasil; Luciana Melo, CEO e fundadora do Café Cultura; Bruna Vasconi, sócia-fundadora do Peça Rara Brechó

Divulgação | Arquivo pessoal

A presença feminina no setor de franquias tem avançado nos últimos anos. Entre 2015 e 2024, a participação das mulheres nas redes franqueadoras cresceu de 46% para 57%, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Cristina Franco, presidente do conselho da ABF, destaca que o aumento da participação feminina no franchising reflete “um avanço significativo em progresso e inovação”. Ela ainda aponta que o franchising se torna um caminho benéfico para as mulheres que buscam equilibrar responsabilidades familiares, empresariais e profissionais.

É o caso de Caroline Rembowski, franqueada da 5àsec, que encontrou nas franquias a oportunidade de continuar sua trajetória profissional sem abrir mão da vida familiar. Com anos de experiência no e-commerce, foi desligada da empresa onde trabalhava após retornar da licença-maternidade de sua segunda filha.

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O desejo de ter mais tempo com as crianças a levou a empreender. Quando percebeu que a unidade da 5àsec em seu bairro, na capital paulista, havia fechado, seu marido – descendente francês e conhecedor da marca – entrou em contato com a franqueadora. O casal viu ali uma oportunidade e, em 2019, Caroline abriu sua primeira loja. Hoje, já soma quatro operações da rede.

“Trabalho desde os 17 anos e não queria abrir mão da carreira para me dedicar exclusivamente à maternidade. A franquia me permitiu ter ganhos financeiros e acompanhar de perto o crescimento das minhas filhas”, diz.

Em busca da independência financeira

A história de Sueli Souza, multifranqueada da Água Doce Sabores do Brasil, seguiu um caminho inesperado. Diretora regional de uma varejista, ela não planejava administrar um negócio próprio. Mas isso mudou ao conhecer Angela Esteves, sua atual sócia, durante um MBA em Ribeirão Preto (SP).

As duas se tornaram amigas e, ao apresentar a marca, Angela a convidou para investir em uma unidade da rede de restaurantes. 

Inicialmente, Sueli viu a franquia apenas como uma oportunidade de investimento, mantendo seu emprego na época. Porém, um imprevisto a levou a ajudar na operação da unidade de Jaú (SP) e, a partir desse dia, ela nunca mais saiu do negócio. Pediu demissão, passou a se dedicar integralmente à gestão e, em seis meses, viu a empresa crescer a ponto de a franqueadora sugerir a abertura de um segundo restaurante, desta vez em Limeira.

“No início, queria apenas um investimento para conquistar independência financeira. Hoje, não me vejo sem a Água Doce. O negócio me deu um propósito de vida, tanto pessoal quanto profissional”, diz.

Presença feminina transforma o ambiente de trabalho

Para Luciana Melo, CEO e fundadora do Café Cultura, a presença feminina na liderança transforma o ambiente de trabalho. “Mulheres líderes tendem a equilibrar resultado e propósito, criando equipes mais engajadas e espaços mais inclusivos”, diz.

Mesmo assim, ela enfrentou desafios para se firmar em um mercado ainda predominantemente masculino. “Sempre acreditei que consistência, inovação e resultados falam mais alto. Com um trabalho bem-feito, conseguimos superar expectativas e derrubar barreiras”, afirma.

Bruna Vasconi, sócia-fundadora do Peça Rara Brechó, também percebeu que a cobrança sobre mulheres empreendedoras é constante, especialmente para quem concilia negócios e família. Mãe de quatro filhos, ela destaca que a gestão do tempo é um dos maiores desafios. 

“Somos constantemente cobradas e questionadas. Mas, ao mesmo tempo, há uma grande satisfação em construir uma cultura forte para um negócio que cresce nacionalmente”, diz.

Para ela, a chave do sucesso está na firmeza na gestão e na criação de alianças com outras mulheres. “A liderança feminina deve ser um diferencial para fortalecer as empresas. Temos um olhar atento, uma abordagem conciliadora e buscamos soluções equilibradas”, conclui.

Apesar do avanço, muitas empreendedoras ainda enfrentam desafios na gestão de seus negócios, principalmente quando precisam equilibrar múltiplos papéis. É o caso de Andrea Kohlrausch, presidente da Calçados Bibi, que destaca essa dificuldade.

“Para liderar uma empresa com mais de 1.100 colaboradores e uma rede de franquias com mais de 150 lojas, precisei desenvolver uma rede de apoio e aprender a delegar”, diz.

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