A SpaceX, uma das empresas de Elon Musk, realizou um lançamento nesta quinta-feira (6) de seu foguete Starship, mas rapidamente perdeu contato com a nave enquanto ela sobrevoava o Golfo do México.
“Podemos confirmar que perdemos contato com a nave. Infelizmente, isso aconteceu da última vez também”, disse o porta-voz da SpaceX, Dan Huot, referindo-se a um lançamento em janeiro, no qual o mesmo estágio superior do foguete explodiu sobre o Caribe, espalhando destroços.
Colonizar Marte
O Starship foi projetado para ser totalmente reutilizável no futuro e é peça-chave na visão de Elon Musk de colonizar Marte.
A NASA aguarda uma versão modificada do Starship para ser usada como módulo lunar no programa Artemis, que busca levar astronautas de volta à Lua nesta década.
A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) suspendeu os voos do Starship após o lançamento de 16 de janeiro terminar com a desintegração do estágio superior sobre as Ilhas Turcas e Caicos, o que levou a esforços de limpeza dos destroços.
Na última sexta-feira, a FAA anunciou que o Starship poderia seguir com seu voo antes da agência finalizar a análise da “investigação de incidente” da SpaceX.
Musk no governo de Trump
Agora, como chefe de cortes de custos no governo do ex-presidente Donald Trump, o empresário mais rico do mundo enfrenta acusações de exercer influência indevida sobre órgãos reguladores que supervisionam suas empresas.
Segundo a Bloomberg News, um engenheiro da SpaceX foi à sede da FAA há duas semanas e disse a funcionários que eles poderiam perder seus empregos se não começassem a trabalhar em um programa para implantar milhares de terminais Starlink no sistema de espaço aéreo nacional.
A gigante de telecomunicações Verizon atualmente tem um contrato para modernizar a infraestrutura da FAA, mas pode perdê-lo, segundo a Bloomberg. A SpaceX afirmou em uma publicação que “as recentes reportagens da mídia sobre a SpaceX e a FAA são falsas”.
Para o próximo voo, a SpaceX diz ter introduzido diversas melhorias na espaçonave de estágio superior para aumentar sua confiabilidade e desempenho.
A missão, que deve durar pouco mais de uma hora, inclui mais uma tentativa de capturar o estágio de propulsão com os braços “chopstick” da torre de lançamento — uma manobra que a SpaceX já realizou com sucesso duas vezes, incluindo no último voo.
Além disso, o Starship lançará simuladores do Starlink projetados para imitar os satélites da rede, que se desintegrarão ao reentrar na atmosfera.
No futuro, a SpaceX pretende recuperar também o estágio superior, mas, por enquanto, o plano é que ele caia no Oceano Índico, na costa oeste da Austrália, como ocorreu em voos anteriores.
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