Sunrize capta R$ 2,5 milhões e aposta em franquias de shakes veganos para crescer no Brasil
Publicado 12/03/2025 • 17:11 | Atualizado há 10 horas
Publicado 12/03/2025 • 17:11 | Atualizado há 10 horas
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Reprodução Times Brasil.
O mercado de suplementos alimentares no Brasil vive um momento de forte valorização, impulsionado pela crescente demanda por produtos que promovem saúde e bem-estar. Em 2023, o setor registrou vendas de R$ 6,4 bilhões, com expectativa de que esse número salte para R$ 10,8 bilhões até 2028.
Um exemplo desse avanço é a Sunrize, marca especializada em suplementos de origem vegetal, que acaba de captar R$ 2,5 milhões em uma rodada de investimentos.
Em entrevista ao Money Times, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o CEO e fundador da empresa, Christian Wholters, contou como surgiu a ideia do negócio, os planos de expansão e o posicionamento no mercado.
Segundo ele, o capital captado será utilizado para fortalecer a presença digital da empresa e impulsionar o lançamento da rede de franquias Sunrize Shakehouse, focada em shakes proteicos sem açúcar, sem glúten e livre de ingredientes de origem animal.
“Há quase oito anos, quando descobri que ia ser pai, resolvi fazer uma série de mudanças na minha vida e adaptar minha alimentação para uma dieta à base de plantas. Hoje, toda a minha família é vegana. Como já era empreendedor, comecei a olhar para esse mercado com interesse e, eventualmente, construí uma plataforma de investimentos voltada ao mercado vegano. Foi assim que surgiu a oportunidade de criar a Sunrize, com foco em proteínas vegetais”, explicou Wholters.
A Sunrize oferece uma alternativa 100% vegetal ao tradicional whey protein, com um perfil completo de aminoácidos. Segundo o CEO, muitos consumidores relatam desconforto ao consumir whey, o que abriu espaço para uma solução mais leve e natural.
“Criamos uma alternativa com todo o perfil de aminoácidos essenciais, mas com digestão mais leve. Agora, além da venda digital, vamos expandir por meio das franquias da Sunrize Shakehouse, oferecendo shakes saudáveis, sem lactose e sem nada de origem animal”, completou.
Segundo Wholters, quatro unidades da franquia já estão em fase de implementação, nas cidades de Santos, Indaiatuba e Salvador – esta última em parceria com o influenciador Erasmo Viana, que abrirá uma loja em frente à sua academia. O cantor Di Ferrero, do NX Zero, também é sócio e embaixador da marca.
“A expansão começa entre maio e junho com essas quatro lojas, e até o fim do ano esperamos ter pelo menos dez unidades em operação. Estamos modelando toda a operação da franquia e testando os sabores dos shakes. É um momento muito especial”, disse.
Apesar do posicionamento vegano da marca, a maioria dos consumidores da Sunrize não segue essa alimentação. Segundo o CEO, 95% do público da marca não é vegano e busca alternativas mais leves por diversos motivos, como intolerância à lactose ou maior preocupação ambiental.
“Há pessoas que fazem a troca por causa do desconforto, outras conhecem por acaso e não voltam mais para o whey. Também há aqueles que se preocupam com os animais e o meio ambiente. Nosso objetivo é oferecer um produto que reduza o sofrimento animal e cause menos impacto ao planeta”, afirmou.
“Após ter filhos, passamos a nos preocupar de uma forma diferente. Queremos deixar um mundo melhor para as futuras gerações”, completou.
Wholters explica que a Sunrize atua como uma alternativa ao whey protein, mas não se limita ao público fitness. “Hoje, o suplemento ultrapassou a barreira da academia. Ele virou aliado de quem busca mais saúde em qualquer faixa etária. A Sunrize pode ser usada como pré ou pós-treino, ou como uma refeição rápida e nutritiva, misturada com frutas, linhaça e outros ingredientes”, destacou.
Para Wholters, o maior obstáculo é comunicar ao consumidor que existe uma alternativa ao whey protein que é mais saudável e sustentável.
“Nosso maior desafio é nos comunicar com o consumidor. Fazer com que ele saiba que existe essa alternativa. O Brasil ama animais, é um país aberto a novidades, e os alimentos veganos têm crescido muito. Mas o consumidor precisa experimentar para entender que nosso produto é tão bom quanto – ou até melhor – que o whey”, afirmou.
As Sunrize Shakehouses surgem como uma solução para apresentar o produto de forma acessível ao público, por meio de experiências prontas para o consumo.
“Nossa taxa de recompra é altíssima. Quem prova, normalmente volta a comprar. As lojas físicas permitem que o cliente tenha essa primeira experiência. Ele pode experimentar um shake de chocolate, de canela, de morango… e depois, se quiser, já pode comprar o pote do suplemento no local”, explicou.
Christian, que é dinamarquês e vegano há oito anos, alerta que falar apenas com o público vegano pode limitar o crescimento do negócio.
“Se a comunicação for voltada apenas ao público vegano, será difícil expandir o negócio. Precisamos nos comunicar também com quem não é vegano. O produto precisa ser bom, acima de tudo. Quando ele é bom, as pessoas experimentam e têm mais chance de se tornarem clientes fiéis”, disse.
“Na Europa, o consumo de leite vegetal já é maior que o de leite animal em algumas prateleiras. A Alemanha, por exemplo, já alcançou paridade de preço entre alimentos à base de plantas e de origem animal. Isso torna a adesão muito mais acessível”, completou.
Wholters reforçou que o veganismo e a alimentação à base de plantas vieram para ficar e que os desafios de preço, distribuição e sabor ainda existem, mas estão sendo superados pouco a pouco.
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