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Meta recorre para impedir ex-funcionária de promover livro de denúncias

Publicado 13/03/2025 • 18:35 | Atualizado há 7 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A Meta está tentando impedir a promoção de um novo livro de memórias escrito por uma ex-funcionária que retrata a empresa de mídia social de maneira desfavorável, incluindo acusações de assédio sexual contra o chefe de políticas da companhia.
  • Nesta quinta-feira (13), um árbitro de emergência determinou que Sarah Wynn-Williams está proibida de promover Careless People, livro lançado na última terça-feira pela Flatiron Books, da editora Macmillan Books.
  • O livro narra o período em que Wynn-Williams trabalhou no Facebook, de 2011 a 2017.
Fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg

Fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg

Anthony Quintano from Westminster via Wikimedia | Kirill Kudryavtsev/AFP

A Meta está tentando impedir a promoção de um novo livro de memórias escrito por uma ex-funcionária que retrata a empresa de mídia social de maneira desfavorável, incluindo acusações de assédio sexual contra o chefe de políticas da companhia.

Nesta quinta-feira (13), um árbitro de emergência determinou que Sarah Wynn-Williams está proibida de promover Careless People, livro lançado na última terça-feira pela Flatiron Books, da editora Macmillan Books.

O livro narra o período em que Wynn-Williams trabalhou no Facebook, de 2011 a 2017. Durante esse tempo, ela se tornou uma funcionária de alto escalão e teve contato com o CEO Mark Zuckerberg, a então diretora de operações Sheryl Sandberg e Joel Kaplan, atual chefe de políticas da empresa. No livro, ela alega que Kaplan fez vários comentários inapropriados a seu respeito, os quais ela denunciou à empresa como assédio sexual.

“Trata-se de uma mistura de alegações ultrapassadas e já divulgadas sobre a empresa, além de acusações falsas contra nossos executivos”, afirmou anteriormente um porta-voz da Meta sobre o livro e a denúncia de Wynn-Williams.

No livro, Wynn-Williams também detalha as diversas tentativas da empresa de entrar no mercado chinês, incluindo o desenvolvimento de ferramentas que censurariam conteúdo para atender às exigências do Partido Comunista Chinês.

Algumas dessas alegações foram incluídas em uma denúncia de irregularidades que ela apresentou em abril à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), conforme reportado pela NBC News, do mesmo grupo da CNBC.

O árbitro de emergência decidiu a favor da Meta após assistir a uma participação de Wynn-Williams em um podcast no qual ela discutia seu livro e afirmava que a empresa estava tentando “impedir o lançamento” da obra.

“O árbitro de emergência conclui que, após revisar os argumentos escritos e ouvir a defesa oral, a Meta demonstrou uma alta probabilidade de sucesso em sua alegação contratual de não difamação contra a ré Wynn-Williams e que a ausência de uma decisão urgente resultaria em um prejuízo imediato e irreparável”, diz o documento judicial.

Além disso, o árbitro determinou que, dentro do que estiver ao seu alcance, Wynn-Williams está proibida de continuar publicando ou distribuindo o livro, bem como de difamar a Meta e seus executivos ou repetir declarações anteriores de teor difamatório. Ela também deverá retratar-se sobre as declarações feitas anteriormente.

A empresa já havia rejeitado as alegações de Wynn-Williams, classificando-as como “ultrapassadas” e afirmou que ela foi demitida por “baixo desempenho e comportamento tóxico”.

O porta-voz da Meta, Andy Stone, compartilhou a decisão do árbitro de emergência em uma publicação na rede social Threads, afirmando que a medida “confirma que o livro falso e difamatório de Sarah Wynn-Williams nunca deveria ter sido publicado”.

“Essa ação legal urgente se tornou necessária porque Williams, mais de oito anos após ser demitida da empresa, ocultou deliberadamente a existência de seu projeto de livro e evitou o processo padrão de verificação de fatos da indústria para acelerar seu lançamento após anos de espera”, disse Stone.

A Meta alegou que Wynn-Williams violou os termos de não difamação de seu acordo de rescisão, assinado em setembro de 2017, o que levou a empresa a entrar com uma moção de emergência na sexta-feira.

O árbitro então realizou uma audiência telefônica com os representantes jurídicos da Meta e da Macmillan Books, mas sem a participação de Wynn-Williams, que foi notificada, mas não compareceu, segundo o documento judicial.

Wynn-Williams, Flatiron Books e Macmillan Books não responderam aos pedidos de comentário.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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