O que é Bull Market e como funciona?
Publicado 18/03/2025 • 16:34 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 18/03/2025 • 16:34 | Atualizado há 3 dias
KEY POINTS
Bull Market
Getty Image
Quem acompanha o noticiário e o mercado financeiro com certeza já se deparou com manchetes informando sobre a alta da bolsa de valores ou valorização de algum índice conhecido, como Dow Jones e Ibovespa. Isso pode ser indício de um período conhecido como Bull Market.
Neste artigo, você vai entender como funciona o Bull Market, conhecer alguns exemplos de períodos históricos de altas, a diferença entre Bull e Bear Market e o que fazer quando o mercado estiver passando por esse momento de valorização. Boa leitura.
Bull Market, ou “mercado do touro” na tradução literal do inglês, é um termo utilizado dentro do mercado financeiro para se referir a períodos prolongados de alta nas cotações de ativos, especialmente ações.
Nesse cenário, os investidores podem demonstrar maior otimismo e confiança no mercado, refletindo as perspectivas futuras das empresas negociadas nas bolsas de valores e levando a um ciclo de valorização dos preços das ações.
Mas não é apenas o simples otimismo que sustenta o período de alta. Durante um Bull Market, diversos fatores positivos podem ser observados, como crescimento econômico consistente, resultados favoráveis de empresas influentes no centro econômico, aumento no pagamento de dividendos e maior participação de investidores, tanto locais quanto estrangeiros, no mercado.
Uma característica importante do Bull Market é que ele não se caracteriza apenas por altas pontuais, mas sim por uma tendência que pode durar meses ou até anos. Por exemplo, no mercado brasileiro, períodos marcantes de Bull Market ocorreram entre 2002 e 2008, quando o Ibovespa saltou de 8,6 mil para 72,6 mil pontos, impulsionado pelo cenário de crescimento econômico e ciclos das commodities, e entre 2020 e 2022, período de recuperação após uma recessão.
O fenômeno também pode ser acompanhado por uma mudança de comportamento dos investidores, que tendem a expor seu portfólio a mais ativos de renda variável, buscando aproveitar esse momento de alta para aumentar o potencial de retorno da sua carteira.
Mas, embora seja um período favorável para investimentos de renda variável, é importante manter uma estratégia bem definida e diversificada, condizente com o seu perfil de investidor. Afinal, mesmo durante períodos de alta podem ocorrer correções e períodos de volatilidade, aumentando a necessidade de entender os riscos envolvidos.
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Seu funcionamento está diretamente ligado a uma combinação de fatores econômicos, comportamentais e estruturais, que criam um ambiente propício para valorização dos ativos.
Geralmente, o processo se inicia com uma melhora nas condições econômicas fundamentais, como crescimento do PIB, aumento da atividade empresarial e melhoria nos indicadores de emprego e renda, que estabelecem a base para um ciclo de otimismo no mercado. As empresas, beneficiadas pelo cenário positivo, tendem a registrar crescimento no lucro, o que atrai ainda mais investidores.
Os investidores institucionais, como fundos de investimento e fundos de pensão, aumentam suas posições em renda variável, enquanto investidores estrangeiros direcionam mais capital para o mercado, criando um ciclo virtuoso de valorização.
Com isso, Bull Market se desenvolve em três fases distintas:
As condições macroeconômicas também são fundamentais para o estabelecimento do Bull Market. Em períodos de juros baixos, a menor atratividade da renda fixa leva os investidores a buscarem alternativas de maior risco e retorno potencial.
Além disso, o crédito mais barato permite que as empresas busquem empréstimos e financiamentos em condições mais favoráveis, investindo em expansão e melhorando suas perspectivas de crescimento. Esse cenário também favorece o surgimento de novas empresas na bolsa por meio de IPOs (Ofertas Públicas Iniciais).
Mas o contrário também pode acontecer. Nesse caso, o Bear Market apresenta uma tendência consistente de queda nos preços dos ativos. A diferença entre esses mercados está no comportamento dos investidores e nas condições macroeconômicas que os cercam.
No Bull Market, o otimismo predomina, com investidores mais propensos a assumir riscos e aumentar suas posições em ativos variáveis. Já no Bear Market, o pessimismo e o conservadorismo dominam o cenário, levando os investidores a se desfazerem de posições mais arriscadas em busca de proteção, com procura maior por ativos de renda fixa, considerados mais seguros.
Os fatores macroeconômicos que impulsionam cada cenário também são contrastantes. O Bull Market geralmente é sustentado por crescimento econômico, expansão empresarial, lucros crescentes e juros baixos, criando um ambiente favorável para investimentos em renda variável. Por outro lado, o Bear Market costuma ser desencadeado por deterioração econômica, aumento do desemprego, queda na lucratividade das empresas e, frequentemente, elevação nas taxas de juros, que tornam a renda fixa mais atrativa.
Também é interessante observar como cada mercado influencia as estratégias de investimento. No Bull Market, estratégias como “buy and hold” (comprar e manter) e acumulação gradual de posições são consideradas mais eficazes, aproveitando a tendência de alta.
Por outro lado, no Bear Market técnicas como “short selling” (venda a descoberto) e busca por ativos mais conservadores ganham mais relevância. Vale ressaltar que a possibilidade de alugar ações para operações de short selling se tornou mais acessível nos últimos anos, permitindo que investidores também lucrem em períodos de queda.
O Bull Market pode afetar múltiplos aspectos do sistema econômico e o comportamento dos diversos participantes do mercado.
Durante esses períodos, ocorre uma mudança significativa na forma como investidores avaliam e precificam ativos, com uma tendência de valorização generalizada que se retroalimenta por meio do aumento da confiança e do apetite por risco.
Para as empresas listadas em bolsa, o Bull Market representa um período particularmente favorável. Com a valorização de suas ações, as companhias encontram condições mais propícias para captar recursos através do mercado de capitais, seja por meio de novas ofertas de ações (follow-ons) ou IPOs.
Esse cenário também favorece o crescimento do universo corporativo, pois as empresas conseguem financiar expansões, realizar aquisições e investir em novos projetos com maior facilidade, aproveitando tanto o maior valor de mercado de suas ações quanto o ambiente de otimismo dos investidores.
Por fim, um aspecto relevante do impacto do Bull Market é seu efeito sobre o mercado internacional de capitais. Períodos de alta aumentam associado a um aumento de fluxo fianceiro para investimentos de renda variável.
Esse movimento pode fortalecer o mercado local, contribuindo para a valorização da moeda nacional e a redução do custo de capital. No caso do Brasil, períodos de Bull Market frequentemente coincidem com ciclos favoráveis para as commodities, dado o peso significativo de empresas desse setor no índice Ibovespa.
Os mercados financeiros globais experimentaram diversos ciclos marcantes de Bull Market, cada um com suas características próprias e fatores impulsionadores específicos.
Um dos períodos mais notáveis foi o Bull Market da década de 1990 nos Estados Unidos, caracterizado por uma explosão no setor de tecnologia. Esse período ficou conhecido como a “era ponto com”, quando empresas como Microsoft, Intel e Cisco se tornaram ícones do crescimento exponencial, impulsionadas pela ascensão da internet e pela revolução digital, que transformou a economia global.
Outro momento histórico significativo foi o Bull Market que se desenvolveu após a crise financeira de 2008. Esse ciclo, que se estendeu por mais de uma década, foi um dos mais longos da história, sustentado por políticas monetárias extremamente estimulantes, como os cortes nas taxas de juros e programas de flexibilização quantitativa implementados pelos principais bancos centrais do mundo. O mercado foi liderado principalmente pelos setores de tecnologia, saúde e consumo discricionário, com empresas de tecnologia novamente assumindo papel de destaque.
No Brasil, um dos períodos mais expressivos de Bull Market ocorreu entre 2002 e 2008, quando o Ibovespa saiu do patamar de 8,6 mil pontos para atingir 72,6 mil pontos. Esse ciclo foi impulsionado por uma combinação poderosa de fatores:
Durante esse período, o Brasil experimentou uma fase de grande otimismo, atraindo significativo volume de investimentos estrangeiros.
Mais recentemente, o mercado brasileiro vivenciou outro importante Bull Market entre 2016 e 2020, período marcado pela recuperação após uma profunda recessão econômica. Essa fase foi caracterizada por um foco em reformas estruturais, como a reforma da previdência, e por uma política monetária mais favorável, com a taxa Selic atingindo mínimas históricas. Esse ambiente estimulou a migração de investidores da renda fixa para a renda variável, contribuindo para a expansão do mercado de capitais brasileiro.
Como você conferiu ao longo do texto, o Bull Market é marcado pela valorização de ativos de renda variável, criando janelas de oportunidades interessantes para o investidor.
Uma das abordagens mais tradicionais é a estratégia “buy and hold” (comprar e manter), que consiste em adquirir ativos de qualidade e mantê-los em carteira por períodos prolongados, aproveitando a tendência de alta.
A análise fundamentalista ganha especial importância durante os períodos de Bull Market. É essencial identificar empresas com bons fundamentos, que apresentem crescimento consistente de lucros e dividendos. Mesmo em um mercado em alta, é crucial manter o foco na qualidade dos ativos, evitando ser levado apenas pela euforia do momento.
Uma boa prática é buscar empresas que estejam apresentando resultados sólidos e que tenham perspectivas concretas de crescimento futuro, não apenas especulação sobre potenciais ganhos. Construir uma carteira com foco em dividendos pode ser uma estratégia interessante para gerar renda passiva e aproveitar o momento favorável do mercado de forma mais conservadora.
Por fim, observe se essa é uma tendência mundial e procure diversificar em outros mercados. Confira neste guia completo como investir no exterior e aproveitar momentos de Bull Market ao redor do mundo.
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