Mercado fonográfico brasileiro cresce acima da média global e fatura R$ 3,4 bilhões
Publicado 21/03/2025 • 12:16 | Atualizado há 18 horas
Publicado 21/03/2025 • 12:16 | Atualizado há 18 horas
KEY POINTS
Mercado fonográfico supera os R$ 3 bilhões de faturamento em 2024.
Pixabay.
Abre o champanhe e aumenta o som: o otimismo que o mercado fonográfico brasileiro experimentou em 2024 foi confirmado pelos números: o setor ultrapassou os R$ 3 bilhões em arrecadação pela primeira vez na história. O crescimento acima da média global pelo 8º ano consecutivo manteve o Brasil na 9ª posição no top 10 do ranking dos mercados musicais do mundo.
Como era de se esperar, o resultado veio do bom desempenho do streaming, correspondente a 87,6% das receitas totais do setor. As plataformas digitais faturaram R$ 3 bilhões, crescimento de 22,5% em relação a 2023.
No cenário global, o relatório internacional do IFPI Global Music Report divulgado ontem aponta que a indústria mundial de música gravada cresceu 4,8% em 2024, também, claro, impulsionada pelo streaming. As receitas no mundo no ano passado chegaram a US$ 29,6 bilhões. O faturamento do streaming de áudio por assinatura aumentou 9,5%, com 752 milhões de usuários.
Já no Brasil, as assinaturas em serviços como Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube Music, Napster e Amazon Music somaram R$ 2 bilhões, salto de 26,9% no período. Já as receitas publicitárias das plataformas cresceram 8,3%, chegando a R$ 479 milhões.
Houve um aumento expressivo na arrecadação de direitos conexos de execução pública para produtores, artistas e músicos, que somaram R$ 386 milhões, alta de 14,9% em relação ao ano anterior. As receitas de sincronização — uso de músicas em publicidade, filmes e séries — tiveram um crescimento ainda mais acentuado, com avanço de 36% e arrecadação de R$ 19 milhões.
Apesar desse número aparentemente positivo, é sempre bom lembrar que os maiores beneficiários são mesmo os grandes artistas, uma vez que a porcentagem paga pelas plataformas é bastante baixa — e injusta, na minha opinião. É preciso haver um equilíbrio maior nessa negociação para que a carreira de músico não se torne algo impossível do ponto de vista financeiro, principalmente para os novos artistas e para aqueles que não estão inseridos nos estilos sertanejo e funk, os mais populares (e rentáveis).
Lembrando que o Spotify, a plataforma mais popular, paga aos artistas cerca de R$ 1 centavo por reprodução da sua música. Apenas a título de comparação, artistas costumavam receber até R$ 10 por CD vendido, dependendo da negociação com a gravadora.
O mercado físico, com discos de vinil, CDs e DVDs, quem diria, sobrevive. Teve até uma alta em 2024, alcançando seu maior faturamento desde 2017: somaram R$ 21 milhões, crescimento de 31,5%. O principal responsável foi o vinil, que se consolidou como o formato físico mais vendido pelo segundo ano consecutivo, movimentando R$ 16 milhões — 45,6% a mais, na comparação com o ano anterior. Os CDs registraram faturamento de R$ 5 milhões, enquanto DVDs e outros formatos somaram R$ 0,08 milhão e R$ 0,04 milhão, respectivamente.
É hora de comemorar os números do mercado fonográfico. Mas também deveria ser um bom momento para pressionar as plataformas de streaming e gravadoras a abrir algum canal de negociação que levasse a uma divisão mais equilibrada desse faturamento milionário com os responsáveis por esses bons números: os artistas.
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