iPhone 16 pode ficar R$ 2.000 mais caro nos EUA com tarifas de Trump, prevê banco
Publicado 07/04/2025 • 20:00 | Atualizado há 1 uma semana
ALERTA DE MERCADO
Hermès aumentará preços nos EUA para bolsas e lenços icônicos em resposta às tarifas de Trump
Ações da UnitedHealth despencam devido a custos médicos mais altos, e isso pode ser um problema para mais seguradoras
Heineken inicialmente minimizou as tarifas. Agora a cervejaria está preocupada
John Boyega tinha menos de 12 libras na conta quando conseguiu papel em ‘Star Wars’
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Publicado 07/04/2025 • 20:00 | Atualizado há 1 uma semana
KEY POINTS
Cliente verifica os últimos modelos do iPhone 16 Plus (à direita) e do iPhone 16 Pro Max (à esquerda) da Apple, expostas para venda, em 26 de setembro de 2024.
Firdous Nazir | Nurphoto | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
As tarifas recíprocas propostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem forçar a Apple a aumentar em até US$ 350 (cerca de R$ 2.070) o preço do iPhone 16 Pro Max no mercado americano. A estimativa foi feita por analistas do banco UBS nesta segunda-feira (7).
O iPhone 16 Pro Max é o modelo mais sofisticado da marca e atualmente custa US$ 1.199 (cerca de R$ 7.090) nos EUA. O UBS projeta um aumento de quase 30% no preço de varejo para unidades fabricadas na China.
Outro modelo, o iPhone 16 Pro, com preço atual de US$ 999 (cerca de R$ 5.908), poderia ter um aumento menor, de US$ 120 (cerca de R$ 709), caso a Apple decida fabricá-lo na Índia, conforme escreveram os analistas do UBS.
As ações da Apple caíram 20% nos últimos três pregões, o que representou uma perda de quase US$ 640 bilhões em valor de mercado. A principal preocupação é que as tarifas forcem a empresa a subir os preços justamente quando os consumidores estão com menor poder de compra.
“Com base nas verificações feitas em nível empresarial, há muita incerteza sobre como será dividido o aumento de custos com os fornecedores, até que ponto esses custos poderão ser repassados aos consumidores finais e qual será a duração das tarifas”, escreveu o analista do UBS, Sundeep Gantori, em nota.
A Apple, que realiza a maior parte de sua produção na China, é uma das companhias mais expostas a uma possível guerra comercial. A tarifa imposta aos chineses pode chegar a 54%, antes mesmo dos novos aumentos propostos nesta semana. Tarifas menores também foram aplicadas a locais secundários de produção, como Índia, Vietnã e Tailândia.
Na semana passada, analistas do JPMorgan Chase previram que a Apple poderia aumentar os preços em 6% globalmente para compensar os impactos das tarifas americanas. Já Tim Long, analista do Barclays, afirmou que a Apple terá de repassar os custos ou enfrentará uma queda de até 15% no lucro por ação.
Segundo o analista Dan Ives, da Wedbush, se a Apple fosse obrigada a transferir a produção do iPhone para os Estados Unidos — algo considerado inviável por especialistas —, o custo final do aparelho poderia chegar a US$ 3.500 (cerca de R$ 20.700).
Na sexta-feira, analistas do Morgan Stanley afirmaram que a Apple teria condições de absorver cerca de US$ 34 bilhões por ano em custos extras com tarifas. Eles destacaram, no entanto, que mesmo a diversificação da produção para países aliados — estratégia conhecida como friendshoring — pode ser afetada. Esses países também estariam sujeitos às tarifas, reduzindo a flexibilidade da empresa.
“Após o anúncio das tarifas recíprocas da semana passada, passa a haver muito pouca diferença entre produzir em um país aliado ou na China — se o produto não for fabricado nos EUA, estará sujeito a uma pesada tarifa de importação”, escreveu o Morgan Stanley.
Ainda segundo a instituição, a Apple poderá elevar os preços de toda a sua linha de produtos em 17% a 18% nos Estados Unidos. A empresa, no entanto, também pode tentar obter isenções junto ao governo norte-americano.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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