Para ex-ministro da Fazenda, plano de Trump de taxar importações é “pancada” no comércio exterior do Brasil
Publicado 19/11/2024 • 09:21 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 19/11/2024 • 09:21 | Atualizado há 5 meses
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Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda do Brasil.
Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda do Brasil, conversou na última segunda-feira (18) com a apresentadora Christiane Pelajo no Jornal Times Brasil. Na entrevista, Nóbrega comentou sobre os possíveis impactos na economia brasileira do segundo mandato de Donald Trump.
Segundo o economista, muita coisa pode mudar no cenário internacional. A visão da maioria dos analistas, inclusive, é pessimista. “A expectativa é que Trump cumpra todas as promessas de campanha”, disse. “Ele, inclusive, só indicou ao governo pessoas que pensam como ele.”
As consequências mais fortes para o Brasil, de acordo com o economista, é a tarifa aduaneira. Em seu plano econômico, o republicano promete impor uma alíquota de 60% às importações de produtos da China, e taxas de 10% a 20% na entrada de mercadorias de outros países. “Isso é uma pancada no comércio exterior e na inflação”, disse o economista.
Outra promessa é a deportação de 12 milhões de pessoas, o que, segundo Nóbrega, causará um choque de mão de obra. “O custo da mão de obra vai subir, o que gera inflação.”
O terceiro impacto é a promessa de redução de impostos. “Isso significa que o déficit aumentará, ampliando a dívida e pressionando a política monetária.” Se tudo for cumprido, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, precisará reverter a trajetória de cortes dos juros do país.
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