No ano em que o Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém, o Rio de Janeiro recebe, entre os dias 8 e 10 de abril, o Forecasting Healthy Futures Global Summit, evento global que coloca a saúde humana no centro do debate climático. Líderes mundiais de governos, empresas, universidades e instituições financeiras vão discutir soluções para enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde pública, tema ainda pouco priorizado na agenda internacional.
A cúpula é organizada pelo consórcio global Forecasting Healthy Futures (FHF), liderado pela Malaria No More e financiado pela Reaching the Last Mile. O objetivo é claro: fomentar inovações e ampliar investimentos que tornem os sistemas de saúde mais resilientes às ameaças do aquecimento global — de doenças infecciosas ao impacto de eventos extremos, como ondas de calor, inundações e secas.
Durante os três dias, o evento abordará desde soluções baseadas na natureza até o papel das parcerias público-privadas para acelerar políticas de adaptação. Um dos destaques será a apresentação de um estudo inédito da Accenture, que traz dados e percepções de dez setores industriais sobre como estão se adaptando às novas exigências impostas pelas mudanças climáticas à saúde.
Segundo Kelly Willis, diretora da FHF, a conferência busca influenciar diretamente as negociações da COP30. “Nossa missão é garantir que o financiamento climático chegue aos países mais vulneráveis, ajudando a evitar milhões de mortes e doenças agravadas pelo clima extremo e pela degradação ambiental”, afirma.
A iniciativa reforça a liderança do Brasil na pauta climática e amplia o escopo do debate, apontando que proteger o planeta é, também, proteger vidas.
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