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Economia Brasileira

BC: tecnologia atual ainda é insuficiente para garantir privacidade de informações no Drex

Publicado 15/04/2025 • 10:25 | Atualizado há 3 dias

Agência DC News

KEY POINTS

  • A implementação do Drex ainda está em fase de testes no Banco Central, à procura de um sistema que seja considerado suficientemente seguro do ponto de vista da privacidade de dados do usuário.
  • “Chegamos à conclusão de que não temos a confiança de que a tecnologia existente hoje é suficiente para proteger essas informações”, afirmou o secretário-executivo do BC, Rogério Lucca, durante uma transmissão ao vivo realizada pela instituição para discutir a agenda estratégica do banco, que desde janeiro está sob nova direção, liderada por Gabriel Galípolo.
DREX, versão digital do real, exibida em uma tela de celular

DREX, versão digital do real, exibida em uma tela de celular

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A implementação do Drex ainda está em fase de testes no Banco Central, à procura de um sistema que seja considerado suficientemente seguro do ponto de vista da privacidade de dados do usuário.

“Chegamos à conclusão de que não temos a confiança de que a tecnologia existente hoje é suficiente para proteger essas informações”, afirmou o secretário-executivo do BC, Rogério Lucca, durante uma transmissão ao vivo realizada pela instituição para discutir a agenda estratégica do banco, que desde janeiro está sob nova direção, liderada por Gabriel Galípolo.

Segundo o secretário-executivo, as ações do BC são independentes de nomes ou governos, principalmente após a aprovação de sua autonomia, em 2021. “O banco é um órgão do Estado, tem uma continuidade, uma estabilidade, que é garantida pelo corpo permanente do banco”, disse Lucca. “O presidente Gabriel é muito institucionalista.”

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Desafios e testes na tecnologia do Drex

Sobre o Drex, ele observou que está inserido em um processo de tokenização do sistema. “É usar uma tecnologia diferente, mais eficiente, mais segura, para poder utilizar [seus ativos] como garantia para operações de crédito.” Com isso, será possível melhorar a qualidade e reduzir o risco do crédito. “Estamos testando essa tecnologia, o ambiente do Drex, com a tecnologia de registro distribuído [DLT, na sigla em inglês]. A primeira fase foi encerrada no ano passado”, disse o secretário-executivo.

“Não vamos usar nenhuma estrutura do Banco Central para controlar recursos da população. Não permitiremos que dados das pessoas que estão no BC sejam utilizados.” Assim, é preciso que a tecnologia tenha capacidade de manter o sigilo bancário e preservar os dados das pessoas, “conforme a legislação determina”.

Por enquanto, os testes não garantiram um ambiente que possa ser considerado seguro. O próximo passo, provavelmente este ano, será consultar as propostas do mercado, “testando casos de negócios que o sistema financeiro e outros participantes sugeriram para nós que poderiam ser fomentados no âmbito do Drex”.

Comunicação como prioridade

Outra prioridade do BC para os próximos quatro anos – período legal de mandato do presidente – está na comunicação. Para o secretário-geral, existe um “entupimento” dos canais de política monetária.

“Quando o Banco Central decide pelo aumento ou redução da taxa, as pessoas têm que sentir o efeito dessa mudança para ela ser efetiva. E existem alguns canais pelos quais essa decisão é transmitida”, afirmou Lucca. “Acabamos nos comunicando com um público muito restrito, utilizando uma linguagem muito técnica.”

Ele cita principalmente a própria política monetária, “e temos essa demanda e esse dever de ser transparente com a sociedade como um todo.” Segundo ele, referindo-se aos juros, parte das pessoas não se sente impactada com as decisões. “Na prática, quando o Banco Central decide aumentar ou reduzir a taxa básica, a Selic, há um objetivo por trás, seja de estimular ou contrair a economia. O BC diagnosticou, porém, que parte das pessoas não é impactada com as decisões.” Segundo ele, o próprio Galípolo já usou a expressão “missa em latim” para se referir aos comunicados pouco acessíveis do BC. “Precisamos rezar a missa em português.”

Projetos e inovações

De 2019 a 2025, período de comando de Roberto Campos Neto, (mandato que foi de seis anos devido à autonomia), o BC desenvolveu 100 projetos corporativos e ações estratégicas, dos quais 25% ainda estão em execução e serão incorporados ao planejamento do próximo período.

Para Lucca, a atuação do banco nos últimos anos seguiu pilares de inovação (implementação e agenda evolutiva do Pix, a agenda do Open Finance e o Drex) e de regulação (modernização do sistema de regulamentação do câmbio), além de medidas de educação financeira. Neste ano, prevê-se o aperfeiçoamento do Pix automático (para pagamentos recorrentes), parcelado e de garantia (para conseguir crédito mais barato).

No Open Finance, outro avanço. O banco pretende aperfeiçoar a portabilidade do crédito. “Tanto o governo quanto o mercado entendem que há uma possibilidade de fazer a portabilidade via Open Finance para se tornar mais efetiva. Vamos nos dedicar ao desenvolvimento dessa ferramenta.”

Há ainda medidas em estudo mais direcionadas a pessoas jurídicas, micro e pequenas empresas e pequenos empreendedores, para disponibilizar informações “de forma padronizada e de acesso fácil” no acesso ao crédito. “Neste momento ainda são grandes nortes, não tem ainda nenhuma medida. [Estão] Na prancheta ainda.”

Comemorações e institucionalidade

O BC também está em período de comemoração dos seus 60 anos. O Banco Central do Brasil foi criado por meio da Lei 4.595, de dezembro de 1964, e iniciou atividades em março do ano seguinte. Começou a divulgar, por exemplo, entrevistas com ex-presidentes, feitas pelo atual.

A segunda entrevista foi ao ar na semana passada, com Gustavo Loyola. Um dos objetivos é reforçar a “institucionalidade” do banco. Ou, como diz Lucca, mostrar que estratégias e ações não dependem tanto das pessoas. “São mais um fruto da instituição”, afirmou. Durante a live, conduzida pelo jornalista Gustavo Igreja, ele observou que o quadro do BC sofreu redução em torno de 30% nos últimos anos, parcialmente compensado, segundo Lucca, por ganhos de eficiência. Hoje, são aproximadamente 3 mil funcionários ativos, aos quais devem se somar em breve 100 novos servidores.

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