Jim Cramer, da CNBC, analisou o rali do mercado ao longo das últimas sessões — que se seguiu a dias de perdas impressionantes — apontando para resultados de lucros fortes e o recuo da Casa Branca em sua repreensão ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
“Tivemos algumas das melhores reações em cadeia a partir de lucros que vi em anos. Foi pura alegria ao vermos um pino líder após o outro cortar e derrubar os pinos atrás dele… strike após strike após strike”, disse ele. “Inclua nisso um silêncio total da Casa Branca sobre qualquer assunto relacionado a negócios, e acabamos com um rali bonito e poderoso.”
Na quinta-feira (24), o S&P 500 subiu 2,03%, o Nasdaq Composite, focado em tecnologia, saltou 2,74% e o Dow Jones Industrial Average conseguiu adicionar 1,23%. Os índices romperam uma sequência de quatro dias de perdas na terça-feira e continuaram fechando em alta até agora nesta semana. As ações de grandes empresas de tecnologia lideraram o rali, já que as ações da Nvidia, Meta, Amazon, Tesla e Microsoft subiram.
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Há muitos fatores que contribuem para um “rali significativo e de vários dias como este”, explicou Cramer. Por exemplo, ele disse, uma leva de relatórios de lucros fortes trouxe uma surpresa positiva para aqueles em Wall Street que temiam uma recessão alimentada por guerras comerciais globais. Os investidores ficaram encorajados com o sucesso da empresa de software corporativo ServiceNow, cujo último trimestre havia decepcionado, continuou Cramer. A empresa de energia GE Vernova, a fabricante de semicondutores Texas Instruments e a produtora de infraestrutura tecnológica Vertiv superaram as estimativas, ele acrescentou.
Um rali nos setores industrial e de tecnologia exige uma desaceleração em certas “ações de segurança”, sugeriu Cramer, e ele apontou que nomes como Procter & Gamble e PepsiCo viram suas ações caírem após resultados que não impressionaram. Essas ações de segurança recuaram e “as ações mais agressivas da sala” rugiram, disse ele.
A contenção da Casa Branca em resposta à China, depois que o país negou que negociações comerciais estivessem em andamento, também beneficiou o mercado, disse Cramer. Ele enfatizou o poder do governo sobre as ações, observando que a ameaça do presidente Donald Trump de demitir Powell fez Wall Street cambalear. Muitos respeitam o líder do banco central e o veem como “um símbolo de liderança eficaz e independente”, algo incomum atualmente, disse Cramer. A afirmação de Trump não foi apenas ilegal, mas “um ataque exagerado”, e os investidores se preocuparam que a remoção de Powell levaria a um caos muito mais amplo, continuou ele.
“Ninguém nesta indústria confia em políticos eleitos para controlar as taxas de juros”, disse Cramer. “Se o presidente puder simplesmente demitir o chefe do Fed, as taxas sempre serão mantidas baixas — desenvolveremos um sério problema de inflação no longo prazo.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
