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Mudança total da montagem de iPhones para a Índia é irreal, escreve Craig Moffett
Publicado 26/04/2025 • 14:08 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 26/04/2025 • 14:08 | Atualizado há 3 meses
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Unsplash.
O renomado analista Craig Moffett afirmou que qualquer plano para transferir toda a montagem de iPhones dos Estados Unidos para a Índia é irrealista.
Moffett, várias vezes classificado como um dos principais analistas pela Institutional Investor, enviou um memorando a seus clientes na sexta-feira, após o Financial Times noticiar que a Apple pretendia transferir a produção da China para a Índia até o final do próximo ano.
Ele questiona como essa mudança poderia reduzir os custos relacionados às tarifas, já que os componentes do iPhone ainda seriam fabricados na China.
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“Você enfrenta uma série enorme de problemas criados pelas tarifas, e mover a produção para a Índia não resolve todos eles. Agora, claro, isso ajuda em certo grau”, disse o sócio e diretor-gerente sênior da MoffettNathanson ao programa “Fast Money”, da CNBC, na sexta-feira (26). “Eu questionaria como isso vai funcionar.”
Moffett argumenta que não é tão simples diversificar para a Índia, dizendo que a cadeia de suprimentos da Apple ainda estaria ancorada na China e provavelmente enfrentaria resistência.
“O ponto principal é que uma guerra comercial global é uma batalha em duas frentes, impactando custos e vendas. Mover a montagem para a Índia pode (e enfatizamos o ‘pode’) ajudar em relação aos custos. Mas as vendas podem acabar sendo o problema maior”, escreveu ele aos clientes.
Na segunda-feira, Moffett reduziu seu preço-alvo para as ações da Apple de US$ 184 para US$ 141, implicando uma queda de 33% em relação ao fechamento da sexta-feira. Segundo dados da FactSet, esse preço-alvo também é o mais baixo entre os analistas.
“Não me considero o maior ‘bear’ da Apple”, disse ele. “Tenho uma opinião bastante positiva sobre a empresa. Minha preocupação em relação à Apple está mais na avaliação das ações do que na companhia em si.”
Moffett mantém uma recomendação de venda para a Apple desde 7 de janeiro. Desde então, as ações da empresa caíram cerca de 14%.
“Nada disso é porque a Apple seja uma empresa ruim. Ela ainda tem um ótimo balanço patrimonial [e] uma base de consumidores muito forte”, afirmou. “A questão é que não existem boas respostas quando você é uma empresa de produtos, seus produtos são significativamente tarifados e você está entrando em um mercado que provavelmente verá alguma desaceleração na demanda do consumidor devido ao cenário macroeconômico.”
Moffett também observa que a Apple não está recebendo ajuda das operadoras para amortecer o impacto das tarifas.
“Você também tem a destruição de demanda criada pelos preços potencialmente mais altos. Lembre-se: AT&T, Verizon e T-Mobile disseram esta semana que não vão subsidiar o custo adicional das tarifas sobre os aparelhos”, acrescentou.
“O consumidor é quem terá que pagar por isso. Então, veremos uma destruição de demanda que se refletirá em períodos de troca ainda mais longos e taxas de atualização mais lentas — tudo isso provavelmente levará à redução das estimativas do consenso para o próximo ano.”
Segundo Moffett, a reação negativa contra a Apple na China, devido às tarifas dos EUA, também prejudicará as vendas de iPhones.
“É um problema muito real”, disse Moffett. “Os volumes estão realmente indo para a Huawei, a Vivo e outros concorrentes locais na China, em vez de para a Apple.”
As ações da Apple encerraram a semana passada em alta, subindo mais de 6%. O movimento acontece antes do balanço trimestral da fabricante do iPhone, que será divulgado na próxima quinta-feira, após o fechamento do mercado.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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