Chanceleres do BRICS se reúnem no Brasil para discutir políticas comerciais de Trump
Publicado 28/04/2025 • 13:24 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 28/04/2025 • 13:24 | Atualizado há 7 horas
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Brics/Divulgação
Diplomatas seniores do grupo de países BRICS se reuniram na segunda-feira (28) no Brasil para apresentar uma frente unida diante das políticas comerciais agressivas do presidente dos EUA, Donald Trump.
A reunião ocorre em um momento crítico para a economia mundial, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter reduzido, nesta semana, as previsões de crescimento devido ao impacto das novas tarifas abrangentes do líder americano.
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Ministros das Relações Exteriores do bloco comercial de dez membros — que inclui o atual presidente, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — realizarão dois dias de negociações no Rio de Janeiro, como preparação para a cúpula de líderes em julho.
Antes do encontro, o representante brasileiro do BRICS, Mauricio Lyrio, disse que os diplomatas estavam negociando uma declaração conjunta sobre “a centralidade e a importância do sistema multilateral de comércio”.
O grupo BRICS expandiu-se significativamente desde sua criação em 2009 e agora inclui Irã, Egito, Indonésia, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Representa quase metade da população global e 39% do PIB global.
Desde que Trump retornou à Casa Branca em janeiro, ele impôs tarifas de 10% a dezenas de países, mas a China enfrenta taxas de até 145% sobre muitos produtos.
Pequim respondeu com tarifas de 125% sobre produtos americanos.
Em uma cúpula no ano passado, os membros do BRICS discutiram o aumento das transações em moedas não-dólar, o que provocou uma rápida repreensão de Trump, que os ameaçou com tarifas de 100% caso desvalorizassem a moeda americana.
O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, presidirá a reunião desta semana, que contará com a presença do russo Sergei Lavrov e do chinês Wang Yi, entre outros.
Em declarações ao jornal O Globo, Lavrov afirmou que os países do BRICS planejam “aumentar a participação das moedas nacionais nas transações” entre os Estados-membros, mas afirmou que a discussão sobre a transição para uma moeda unificada do BRICS era “prematura”.
O grupo também deve discutir a guerra na Ucrânia, enquanto Trump busca pressionar Moscou e Kiev a chegarem a um acordo de paz.
O presidente russo, Vladimir Putin, causou surpresa nesta segunda-feira (28) ao anunciar um cessar-fogo de três dias, de 8 a 10 de maio.
A Casa Branca sugeriu, no entanto, que a pausa não foi satisfatória, afirmando que Trump “deixou claro que quer ver um cessar-fogo permanente primeiro”.
Trump pareceu se voltar contra Putin no fim de semana, após um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no funeral do Papa Francisco, afirmando sentir que o líder russo estava “apenas me enganando”.
Ao mesmo tempo, ele vem pressionando Kiev a desistir das esperanças de recuperar a Crimeia, anexada pela Rússia.
A mudança climática também deve ser uma prioridade para o Brasil nas negociações, que ocorrerão meses antes da importante cúpula do clima da ONU, a COP30, que será realizada na cidade de Belém, no Amazonas.
Os BRICS participarão das discussões na terça-feira com outros nove países “parceiros”, incluindo vários antigos estados soviéticos, além de Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Nigéria.
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