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Economia Brasileira

Galípolo: hoje expectativas lá fora indicam impacto mais temporário das tarifas

Publicado 28/04/2025 • 14:22 | Atualizado há 6 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que aparentemente a leitura do mercado é de que o efeito das tarifas seria de maior inflação neste momento, e não necessariamente de maneira perene.
  • A análise observa que as expectativas de inflação em 2025 estão um pouco mais elevadas com o impacto das tarifas, mas destaca que para 2026, 2027 e períodos mais longos, a expectativa de inflação permanece sem grandes alterações e "devidamente ancorada"
  • O presidente do BC ressalta, contudo, que o mercado ainda precisa entender dois pontos. O primeiro, se os impactos contratados da incerteza gerada por conta das tarifas provocam alguma desaceleração econômica. O segundo, entender o impacto das tarifas e os resultados nas economias.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que aparentemente a leitura do mercado é de que o efeito das tarifas – ainda que não se saiba quais serão as tarifas finais – seria de maior inflação neste momento, e não necessariamente de maneira perene. A análise, feita no evento J. Safra Macro Day 2025, em São Paulo, observa que as expectativas de inflação em 2025 estão um pouco mais elevadas com o impacto das tarifas, mas destaca que para 2026, 2027 e períodos mais longos, a expectativa de inflação permanece sem grandes alterações e “devidamente ancorada”.

Desta maneira, o presidente do BC considera que o peso do cenário em que as tarifas deslocariam a curva de oferta perdeu peso. “Hoje expectativas lá fora indicam impacto mais temporário das tarifas”, afirma.

Para Galípolo, o efeito mais perene da política tarifária é “justamente um sentimento de quebra de confiança ou de elevação da incerteza, que parece sugerir pensamentos e buscas de alternativas de proteção que até pouco tempo atrás fariam pouco sentido, inclusive para aliados e parceiros históricos por parte dos Estados Unidos”.

Neste contexto, Galípolo entende que tende a ser mais perene a situação em que aliados históricos dos EUA buscarão ativos mais líquidos para usar como defesa, num cenário de aversão a risco com eventual escalada tarifária. Ele diz ainda que é “curioso” assistir a uma preocupação de agentes que estão no mercado norte-americano com a volatilidade dos yields dos Treasuries, e com o comportamento do câmbio.

O presidente do BC ressalta, contudo, que o mercado ainda precisa entender dois pontos. O primeiro, se os impactos contratados da incerteza gerada por conta das tarifas provocam alguma desaceleração econômica. O segundo, entender o impacto das tarifas e os resultados nas economias.

As declarações foram feitas no J. Safra Macro Day 2025, em São Paulo, nesta segunda-feira, 28. A transmissão foi interrompida duas vezes: das 9h58 às 10h05 e das 10h20 às 10h27. Esses trechos da apresentação do presidente do BC só foram disponibilizados posteriormente.

A fala de Galípolo no J. Safra Macro Day 2025 provavelmente foi a penúltima menção pública do presidente do BC a quaisquer assuntos de conjuntura econômica antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 6 e 7 de maio. O período de silêncio do colegiado começa na próxima quarta-feira, 30. Antes, Galípolo ainda deve participar da entrevista coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) na terça-feira, 29.

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