Lucro da BP despenca 70% em meio a volta ao petróleo e gás
Publicado 29/04/2025 • 08:16 | Atualizado há 22 horas
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Publicado 29/04/2025 • 08:16 | Atualizado há 22 horas
KEY POINTS
A britânica BP anunciou nesta terça-feira (29) que seu lucro líquido despencou no primeiro trimestre, enquanto a gigante do setor de energia passa por uma profunda reestruturação, com foco renovado em combustíveis fósseis.
O lucro após impostos caiu para US$ 687 milhões, ante US$ 2,3 bilhões no mesmo período de 2024, impactado pela queda nas vendas de gás e pela redução das margens de refino, informou a empresa em comunicado.
A receita total recuou 4%, ficando ligeiramente abaixo de US$ 48 bilhões.
A BP e outras grandes petroleiras vêm sendo afetadas pela recente queda nos preços do petróleo bruto, em meio ao temor de que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possam desencadear uma recessão e reduzir a demanda.
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“Continuamos monitorando a volatilidade do mercado e as mudanças, mantendo o foco em avançar com agilidade”, afirmou o CEO Murray Auchincloss, no relatório de resultados.
Sob pressão de investidores, a BP está promovendo um realinhamento estratégico que incluiu o abandono de metas ambiciosas de redução de carbono, antes consideradas referência no setor, para priorizar a produção de combustíveis fósseis, vista como mais lucrativa.
Segundo analistas, no entanto, a recente queda nos preços do petróleo coloca esse reposicionamento em xeque.
A BP também anunciou que Giulia Chierchia, diretora de estratégia de sustentabilidade, deixará o cargo em junho e não será substituída.
Auchincloss afirmou que continua “confiante” no reposicionamento da empresa e acrescentou que a BP “já fez progressos significativos”.
Para a insatisfação de ambientalistas, a nova estratégia inclui uma redução superior a US$ 5 bilhões por ano nos investimentos em energia limpa.
As ações da companhia caíram mais de 4% nas negociações iniciais no índice FTSE 100 da Bolsa de Londres, que operava de forma estável no geral.
A empresa também reduziu seu programa de recompra de ações trimestral para US$ 750 milhões, valor considerado o piso das expectativas do mercado.
A reestruturação estratégica ocorre após um ano difícil para a BP, que vem sendo pressionada por investidores a elevar o preço de suas ações num momento em que diversos países buscam cortar emissões.
A companhia confirmou, na semana passada, que o fundo ativista norte-americano Elliott Investment Management adquiriu uma participação ligeiramente superior a 5% na BP.
Segundo analistas, o fundo é conhecido por impor mudanças corporativas significativas nas empresas nas quais investe.
Em abril, a BP anunciou que Helge Lund, presidente do conselho desde 2019, deixará o cargo no ano que vem. “As tensões geopolíticas e comerciais estão mais complexas hoje do que há muito tempo. Essa incerteza impactou a BP”, disse Lund aos acionistas durante a assembleia anual em abril.
O executivo norueguês trabalhou com três CEOs na companhia e foi uma figura-chave na condução da empresa durante os anos turbulentos da pandemia de Covid-19, quando a demanda por energia despencou.
“A BP está fazendo o melhor possível dentro de uma situação complicada”, avaliou Derren Nathan, chefe de pesquisa em ações da Hargreaves Lansdown.
O grupo está expandindo seu programa global de exploração, com cerca de 40 poços planejados para os próximos três anos, sendo até 15 ainda em 2025.
Recentemente, a BP anunciou uma nova descoberta de petróleo na costa do Golfo dos Estados Unidos.
“Mas, com a queda dos preços do petróleo neste segundo trimestre, a diretoria estará sob mais pressão do que nunca para atender às expectativas de seu maior acionista”, acrescentou Nathan.
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